terça-feira, 8 de junho de 2010

provérbios

Incidente na Casa do Ferreiro
Luis Fernando Veríssimo
Pela janela vê-se uma floresta com macacos. Cada um no seu galho. Dois ou três olham o rabo do vizinho, mas a maioria cuida do seu. Há também um estranho moinho, movido por águas passadas. Pelo mato, aparentemente perdido – não tem cachorro – passa Maomé a caminho da montanha, para evitar um terremoto. Dentro da casa, o filho do enforcado e o ferreiro tomam chá.
Ferreiro – Nem só de pão vive o homem.
Filho do enforcado – Comigo é pão, pão, queijo, queijo.
Ferreiro – Um sanduíche! Você está com a faca e o queijo na mão. Cuidado.
Filho do enforcado – Por quê?
Ferreiro – É uma faca de dois gumes.
(Entra o cego).
Cego – Eu não quero ver! Eu não quero ver!
Ferreiro – Tirem esse cego daqui!
(Entra o guarda com o mentiroso).
Guarda (ofegante) – Peguei o mentiroso, mas o coxo fugiu.
Cego – Eu não quero ver!
(Entra o vendedor de pombas com uma pomba na mão e duas voando).
Filho do enforcado (interessado) – Quanto cada pomba?
Vendedor de pombas – Esta na mão é 50. As duas voando eu faço por 60 o par.
Cego (caminhando na direção do vendedor de pombas) – Não me mostra que eu não quero ver.
(O cego se choca com o vendedor de pombas, que larga a pomba que tinha na mão. Agora são três pombas voando sob o telhado de vidro da casa).
Ferreiro – Esse cego está cada vez pior!
Guarda – Eu vou atrás do coxo. Cuidem do mentiroso por mim. Amarrem com uma corda.
Filho do enforcado (com raiva) – Na minha casa você não diria isso!
(O guarda fica confuso, mas resolve não responder. Sai pela porta e volta em seguida).
Guarda (para o ferreiro) – Tem um pobre aí fora que quer falar com você. Algo sobre uma esmola muito grande. Parece desconfiado.
Ferreiro – É a história. Quem dá aos pobres empresta a Deus, mas acho que exagerei.
(Entra o pobre).
Pobre (para o ferreiro) – Olha aqui, doutor. Essa esmola que o senhor me deu. O que é que o senhor está querendo? Não sei não. Dá para desconfiar…
Ferreiro – Está bem. Deixa a esmola e pega uma pomba.
Cego – Essa eu nem quero ver…
(Entra o mercador).
Ferreiro (para o mercador) – Foi bom você chegar. Me ajuda a amarrar o mentiroso com uma… (Olha para o filho do enforcado). A amarrar o mentiroso.
Mercador (com a mão atrás da orelha) – Hein?
Cego – Eu não quero ver!
Mercador – O quê?
Pobre – Consegui! Peguei uma pomba!
Cego – Não me mostra.
Mercador – Como?
Pobre – Agora é só arranjar um espeto de ferro que eu faço um galeto.
Mercador – Hein?
Ferreiro (perdendo a paciência) – Me dêem uma corda. (O filho do enforcado vai embora, furioso).
Pobre (para o ferreiro) – Me arranja um espeto de ferro?
Ferreiro – Nesta casa só tem espeto de pau.
(Uma pedra fura o telhado de vidro, obviamente atirada pelo filho do enforcado, e pega na perna do mentiroso. O mentiroso sai mancando pela porta enquanto as duas pombas voam pelo buraco no telhado).
Mentiroso (antes de sair) – Agora quero ver aquele guarda me pegar!
(Entra o último, de tapa-olho, pela porta de trás).
Ferreiro – Como é que você entrou aqui?
Último – Arrombei a porta.
Ferreiro – Vou ter que arranjar uma tranca. De pau, claro.
Último – Vim avisar que já é verão. Vi não uma mas duas andorinhas voando aí fora.
Mercador – Hein?
Ferreiro – Não era andorinha, era pomba. E das baratas.
Pobre (para o último) – Ei, você aí de um olho só…
Cego (prostrando-se ao chão por engano na frente do mercador) – Meu rei.
Mercador – O quê?
Ferreiro – Chega! Chega! Todos para fora! A porta da rua é serventia da casa!
(Todos se precipitam para a porta, menos o cego, que vai de encontro à parede. Mas o último protesta).
Último – Parem! Eu serei o primeiro.
(Todos saem com o último na frente. O cego vai atrás).
Cego – Meu rei! Meu rei!



Você sabe a razão dos nomes dos anjos?
Gabriel, Rafael, Miguel e outros anjos… Todos terminam com el. Com base nos escritos de estudiosos sérios, teólogos e rabinos, novas tabelas de anjos foram criadas. Sendo assim, veja no texto abaixo as novas descobertas relativas aos estudos desses seres protetores.
NOVOS ANJOS:
Aluguel, anjo mau. Não deixa a pessoa conseguir sua casa própria;
Embratel, anjo protetor do monopólio das comunicações;
Chanel, anjo protetor dos costureiros, estilistas e outros boiolas;
Papai Noel, anjo protetor do comércio. Só aparece no fim do ano para acabar com seu 13º;
Tonel, anjo protetor dos alcoólatras anônimos e bêbados em geral;
Pastel, anjo protetor das colônias japonesas e chinesas;
Gel, anjo que protege as pessoas com cabelos rebeldes;
Manoel, anjo protetor das piadas preconceituosas;
Papel, anjo protetor daqueles com intestinos soltos;
Anatel, anjo que, como qualquer outro órgão do governo, não serve para coisa nenhuma!

ABRINDO CAMINHO

Ana Maria Machado
No meio do caminho de Dante tinha uma selva escura.
No meio do caminho de Carlos tinha uma pedra.
No meio do caminho de Tom tinha um rio.

Era pau.
Era pedra.
Era o fim do caminho?

Cada um no seu canto
Com seu canto
Nos chamou.
E nenhum de nós,
Nunca mais, ficou sozinho.

No meio do caminho de Dante teve uma estrada.
No meio do caminho de Carlos teve um túnel.
No meio do caminho de Tom teve uma ponte.

No meio do caminho de Cris tinha um oceano.
No meio do caminho de Marco tinha inimigo e deserto.
E tinha muita lonjura pelo caminho de Alberto.

Era pau.
Era pedra.
Era o fim do caminho?

Pedra que faz fortaleza faz também mercado, bazar.
-Se eu conversar contigo, disso estou muito certo, consigo me aproximar...
Com muito encontro e negócio, inimigo vira amigo, quem está longe fica perto.
A caravana de Marco se encarregou de provar.

Pau, toco, tábua, madeira?
-Faz navio de navegar!
Mastro firme, branca vela, tronco agora é caravela para distância encurtar.
Com coragem, sobre as ondas. Cris atravessou o mar.

Não há distância para os pássaros nem para quem cisma de ousar.
Alberto pôs na cabeça que ia conseguir voar.
Voou, dirigiu seu vôo, era isso o avião!
E desde então a lonjura não atrapalhou mais, não.

No meio do caminho de Marco teve um mapa bem melhor.
No meio do caminho de Cris teve um mundo bem maior.
E com o vôo de Alberto, esse mundo ficou menor.

“Ploculando”

Desesperado, o chefe olha para o relógio, e, já não acreditando que um funcionário chegaria a tempo de fornecer uma informação importantíssima para uma reunião, liga para o cara:
– Alô! – atende uma voz de criança, quase sussurrando.
– Alô. Seu pai está?
– Tá... – ainda sussurrando.
– Posso falar com ele?
– Não – disse a criança, bem baixinho.
Meio sem graça, o chefe tenta falar com algum outro adulto:
– E a sua mamãe? Está aí?
– Tá.
– Ela pode falar comigo?
– Não. Ela tá ocupada.
– Tem mais alguém aí?
– Tem... – sussurra.
– Quem?
– O “puliça”.
Um pouco surpreso, o chefe continua:
– O que ele está fazendo aí?
– Ele? Ele tá conversando com o papai, com a mamãe e com o “bombelo”...
Ouvindo um grande barulho do outro lado da linha, o chefe pergunta assustado:
– Que barulho é esse?
– É o “licópito”.
– Um helicóptero?
– É. Ele “tlosse” uma equipe de busca.
– Minha nossa! O que está acontecendo aí? – o chefe pergunta, já desesperado.
E a voz sussurra, com um risinho safado:
– Eles tão me “ploculando”.

Tadeu, Paulo. Proibido para maiores: as melhores piadas para crianças. São Paulo: Matrix, 2007.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Sugestões de Atividades Práticas

1 – História do nome:
Objetivo: Conhecer a origem do seu nome.
Material: Folhas de papel ofício.
Procedimento:
• Propor às crianças que façam uma entrevista com os seus pais, procurando saber qual a origem dos seus nomes.
• Montar com os alunos uma ficha para auxiliá-los na entrevista, incluindo perguntas tais como: - Quem escolheu meu nome? - Por que me chamo .....? O que significa ..... ?
• Combinar com a turma o dia do relato e como ele será. ( A escolha do professor)
Sugestão de Atividade: Contar a história do seu nome aprendida com a entrevista e ilustrá-la.
Interessante: Em papel pardo o professor poderá registrar o nome de todos e uma síntese da origem do mesmo e fixar no mural.
Observações: Todos deverão trazer a entrevista no dia marcado, oportunizando o desenvolvimento da responsabilidade desde pequenos, e, caso isso não aconteça, o professor deverá estar preparado e saber qual atitude tomar frente a este problema.
2 – Fichário:
Objetivo: Conhecer a escrita do seu nome com diferentes formas gráficas.
Material Necessário: Fichas do mesmo tamanho e formato e uma caixa de sapatos.
Procedimentos: Montar na sala de aula um fichário com cartões que apresentem diferentes formas de escrita do nome próprio: Com letra de imprensa maiúscula, letra de imprensa minúscula, letra cursiva. Deixando claro à criança que existem diferentes maneiras para escrever o seu nome, mas todas querem dizer a mesma coisa.
Combinar com a turma o momento e o modo como deverão utilizar as fichas. ( De acordo com o professor) – Pode ter em cada ficha uma foto 3x4 da criança.
Sugestão de Atividades: Identificar o nome – Escrever o nome.
3 – Lista de Palavras:
Objetivo: Identificar em diferentes palavras a letra inicial do seu nome.
Materiais: Tesoura, Revistas, Jornais, Folhetos, Cola, Folhas de ofício.
Procedimentos:
• Explorar com a classe a letra inicial do nome.
• Listar outras palavras que também iniciem com aquela letra.
• Propor que pesquisem em jornais, revistas e folhetos outras palavras que também iniciem com a letra do seu nome.
• Recortar e colar as palavras em folhas de ofício.
• Ler com a turma as palavras encontradas e juntos procurar o significado.
Sugestão de Avaliação: Reconhecer, em lista de palavras, aquelas com a letra que inicia o seu nome.
Observações: O professor pode propor à turma que cada dia um traga de casa uma palavra que inicie com a letra do seu nome e em aula encontrem o significado. Este tipo de atividade desperta no aluno um interesse maior pela pesquisa e aumento do vocabulário.
4 – Letras Móveis:
Objetivo: Conhecer as letras e escrever seu nome através de brincadeira.
Material: Letras móveis que podem ser de madeira, EVA, papelão e etc...
Procedimentos:
• Deixar expostas na sala as letras para haver um contato maior por parte das crianças com o material.
• Propor que, em diferentes momentos de aula, as crianças utilizem as letras para a tentativa da escrita de seus nomes.
Sugestão de Avaliação: Escrever seu nome numa brincadeira.
Observações:
• Este material permite à criança fazer uma correspondência de letras, posição e ordenação das mesmas.
• Se as letras forem de papel ou papelão, seria interessante que as crianças ajudassem na confecção do próprio material, orientadas pelo professor.
5 – Bingo:
Objetivo: Conhecer as letras que compõem a escrita de seu nome através do jogo.
Materiais: Cartelas de cartolina ou papelão; tampinhas de garrafa ou pedrinhas para marcar as letras; folhas de desenho; fichinhas com as letras dos nomes; cola; papel colorido ( para fazer bolinhas de papel ) ou palitos de fósforo usados.
Procedimento:
• Cada criança receberá uma cartela com a escrita do seu nome.
• O professor sorteará as letras, dizendo o nome de cada uma delas para que as crianças identifiquem-nas. Cada letra sorteada deverá ser marcada na cartela caso haja no seu nome. Assim que a cartela for preenchida o aluno deve gritar: BINGO!
• Logo que terminarem o jogo, será proposto um relatório realizado individualmente, com a distribuição de fichinhas com as letras do nome ( Uma ficha para cada letra) entregues fora de ordem.
• As crianças deverão ordenar as fichas, compondo os eu nome, e colocá-las em uma folha de ofício.
• A professora pede que contem quantas letras há na escrita dos eu nome e propõe que colem a quantidade representativa em palitos de fósforos ou bolinhas de papel, na folha.
Sugestão de Avaliação: Reconhecer em fichinhas as letras que fazem parte da escrita do seu nome.
Observação: É interessante que se repita o jogo várias vezes no decorrer das atividades antes de se propor o relatório.
6 – Dança da Cadeira:
Objetivo: Reconhecer a escrita de seu nome dentre a escrita dos nomes de todos os colegas.
Materiais: Fichas com a escrita de todos os nomes ( uma para cada nome ) e cadeiras.
Procedimentos:
• O professor propõe às crianças que façam um círculo com as cadeiras.
• Depois distribui as fichas com os nomes para que as crianças fixem-as nas cadeiras.
• Inicia-se a dança das cadeiras onde ao término da música cada um deverá sentar na cadeira onde consta a ficha com o seu nome.
Sugestão de Avaliação: Realizar a brincadeira diversas vezes sempre trocando as cadeiras de lugar.
7 – Corrida dos Balões:
Objetivo: Escrever seu nome.
Materiais: Balões numerados, fichas com número de acordo com os balões e com nomes e giz.
Procedimentos:
• Formar as crianças em duas filas.
• Distribuir uma ficha com um número para cada criança.
• Dado o sinal, uma de cada vez corre até os balões e estoura aquele que tiver o seu número. Dentro estará uma ficha escrito o seu nome.
• A criança deverá ler altos eu nome e reproduzi-lo no chão utilizando o giz.

PROGRAMA AMIGOS DA LEITURA DE PALHANO DIA 22/04/2010 15h às 15:30

Participantes: LOC I - HILARY
LOC II - INGRED

LOC I HILARY – Muito boa tarde!!!// hoje 06 de MAIO // Esta é a rádio Palhano FM/ está entrando no ar mais um programa dos amigos da leitura de Palhano, / músicas de bom gosto, entretenimento, cultura, educação e arte/ para pessoas de bom gosto como você// Eu sou a HILARY e estaremos juntos até as 03 e 30 horas.// Até lá você pode curtir a música AQUARELA DO TOQUINHO.
LOC II - Projeto Eu sou cidadão amigos da leitura, desenvolvido em nosso município pela prefeitura municipal através da secretaria de educação, onde já foram lançados vários livros, com temas direcionados para o público infanto-juvenil. Enfocando assuntos de importância social e com grande relevância dos dias atuais: sexualidade na adolescência, questão de gênero, meio ambiente, violência domestica, trabalho infantil, cárcere privado, direitos do consumidor, erradicação do sub-registro, preservação do patrimônio público. Estatuto do idoso, convivência com as diferenças, direita e deveres das crianças e adolescentes. Olá eu sou INGRED.
LOC I – Que tal ouvirmos uma belíssima poesia feita por criança do Alto Santo do 6º ano: As Marias do meu lugar
Minha terra é pequenina /Fica aqui no Ceará/ No Vale do Jaguaribe/ Alto Santo aqui está/ No Comando das Marias/ Que progride esse lugar

LOC II- Tem Maria sertaneja/Valente feito um trovão/Daquela que desde cedo/ Faz o cultivo do chão/ E a Maria tratorista/Que ajuda na plantação

LOC I- Tem Maria lá na Câmara/ Que é a vereadora/ Tem Maria que cedinho/ Limpa a rua com a vassoura
Tem aquela que ensina/A Maria professora
LOC II - A Maria forrozeira/Rodeia feito pião/Tem a Maria louceira/Transforma o barro com a mão
E a Maria morena/Com corpo de violão
LOC I- Maria que no mercado/Vende o quente e o frio/E a Maria lavadeira/Faz espuma lá no rio/E a Maria açougueira/Com a faca faz desafio
LOC II- Maria no hospital/ A Maria enfermeira/ Lá na fábrica de tecidos /A Maria costureira/ E aqui na minha casa/ A Maria verdadeira

LOC I- Lá no altar da igreja/ Maria diz o amém/ Implora ao padroeiro/ Para todos viver bem/A mãe do Menino Deus/Que é Maria também

LOC II - Ah! Se em todo lugar tivesse/ Assim tantas alegrias /E que fosse como meu /Nessa paz do dia a dia
Que faz o calor do sol / Dar força a essas Marias
LOC I - Depois dessa que tal ouvirmos um conto de Manoel de Barros..


O Lavador de Pedra
A gente morava no patrimônio de Pedra Lisa. Pedra Lisa era um arruado de 13 casas e o rio por detrás. Pelo arruado passavam comitivas de boiadeiros e muitos andarilhos. Meu avô botou uma Venda no arruado. Vendia toucinho, freios, arroz, rapadura e tais. Os mantimentos que os boiadeiros compravam de passagem. Atrás da Venda estava o rio. E uma pedra que aflorava no meio do rio. Meu avô, de tardezinha, ia lavar a pedra onde as garças pousavam e cacaravam. Na pedra não crescia nem musgo. Porque o cuspe das garças tem um ácido que mata no nascedouro qualquer espécie de planta. Meu avô ganhou o desnome de Lavador de Pedra. Porque toda tarde ele ia lavar aquela pedra.
LOC II - A Venda ficou no tempo abandonada. Que nem uma cama ficasse abandonada. É que os boiadeiros agora faziam atalhos por outras estradas. A Venda por isso ficou no abandono de morrer. Pelo arruado só passavam agora os andarilhos. E os andarilhos paravam sempre para uma prosa com o meu avô. E para dividir a vianda que a mãe mandava para ele. Agora o avô morava na porta da Venda, debaixo de um pé de jatobá. Dali ele via os meninos rodando arcos de barril ao modo que bicicleta. Via os meninos em cavalo de pau correndo ao modo que montados em ema. Via os meninos que jogavam bola de meia ao modo que de couro. E corriam velozes pelo arruado ao modo que tivessem comido canela de cachorro. Tudo isso mais os passarinhos e os andarilhos era paisagem do meu avô. Chegou que ele disse uma vez: Os andarilhos, as crianças e os passarinhos têm o dom de ser poesia. Dom de ser poesia é muito bom!
LOC I – Vamos agora curtir mais uma música: O PINGUIM DE TOQUINHO.
LOC II – Depois dessa música infantil que tal ouvirmos O CONTO CAPA DE JUNCO.
LOC I- Agora vamos relembrar as Quadras ao gosto popular.

LOC II- Eu tenho um colar de pérolas/ Enfiado para te dar:/ As per’ las são os meus beijos,/O fio é o meu penar.

LOC I- A caixa que não tem tampa/ Fica sempre destapada. /Dá-me um sorriso dos teus /Porque não quero mais nada.

LOC II - No baile em que dançam todos/Alguém fica sem dançar./Melhor é não ir ao baile/Do que estar lá sem lá estar.

LOC I -Vale a pena ser discreto?/ Não sei bem se vale a pena./ O melhor é estar quieto/ E ter a cara serena.

LOC II - Não digas mal de ninguém,/ Que é de ti que dizes mal./ Quando dizes mal de alguém/ Tudo no mundo é igual.

LOC I – Os capitães de areia de Jorge Amado .Os Capitães da Areia é um grupo de meninos de rua. O livro é dividido em três partes. Antes delas, no entanto, via uma seqüência de reportagens e depoimentos, explicando que os Capitães da Areia é um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Os únicos que se relacionam com eles são Padre José Pedro e uma mãe-de-santo, Don'Aninha. O Reformatório é um antro de crueldades, e a polícia os caçam como adultos antes de se tornarem um. A primeira parte em si, "Sob a lua, num velho trapiche abandonado" conta algumas histórias quase independentes sobre alguns dos principais Capitães da Areia (o grupo chegava a quase cem, morando num trapiche abandonado, mas tinha líderes). Pedro Bala, o líder, de longos cabelos loiros e uma cicatriz no rosto, uma espécie de pai para os garotos, mesmo sendo tão jovem quanto os outros, que depois descobre ser filho de um líder sindical morto durante uma greve; Volta Seca, afilhado de Lampião, que tem ódio das autoridades e o desejo de se tornar cangaceiro;
LOC II - Professor, que lê e desenha vorazmente, sendo muito talentoso; Gato, que com seu jeito malandro acaba conquistando uma prostituta, Dalva; Sem- Pernas, o garoto coxo que serve de espião se fingindo de órfão desamparado (e numa das casas que vai é bem acolhido, mas trai a família ainda assim, mesmo sem querer fazê-lo de verdade); João Grande, o "negro bom" como diz Pedro Bala, segundo em comando; Querido- de- Deus, um capoeirista amigo do grupo, que dá algumas aulas de capoeira para Pedro Bala, João Grande e Gato; e Pirulito, que tem grande fervor religioso. O apogeu da primeira parte é dividido em, quando os meninos se envolvem com um carrossel mambembe que chegou na cidade, e exercendo sua meninez; e quando a varíola ataca a cidade, matando um deles, mesmo com Padre José Pedro tentando ajudá-los e se indo contra a lei por isso. A segunda parte, "Noite da Grande Paz, da Grande Paz dos teus olhos", surge uma história de amor quando a menina Dora torna-se a primeira "Capitã da Areia", e mesmo que inicialmente os garotos tentem tomá-la a força, ela se torna como mãe e irmã para todos. (O homossexualismo é comum no grupo, mesmo que em dado momento Pedro Bala tente impedi-lo de continuar, e todos eles costumam "derrubar negrinhas" na orla.) Professor e Pedro bala se apaixonam por ela, e Dora se apaixona por Pedro Bala. Quando Pedro e ela são capturados (ela em pouco tempo passa a roubar como um dos meninos), eles são muito castigados, respectivamente no Reformatório e no Orfanato.
LOC I- Quando escapam, muito enfraquecidos, se amam pela primeira vez na praia e ela morre, marcando o começo do fim para os principais membros do grupo. "Canção da Bahia, Canção da Liberdade", a terceira parte, vai nos mostrando a desintegração dos líderes. Sem-Pernas se mata antes de ser capturado pela polícia que odeia; Professor parte para o Rio de Janeiro para se tornar um pintor de sucesso, entristecido com a morte de Dora; Gato se torna uma malandro de verdade, abandonando eventualmente sua amante Dalva, e passando por ilhéus; Pirulito se torna frade; Padre José Pedro finalmente consegue uma paróquia no interior, e vai para lá ajudar os desgarrados do rebanho do Sertão; Volta Seca se torna um cangaceiro do grupo de Lampião e mata mais de 60 soldados antes de ser capturado e condenado; João Grande torna-se marinheiro; Querido-de-Deus continua sua vida de capoeirista e malandro; Pedro Bala, cada vez mais fascinado com as histórias de seu pai sindicalista, vai se envolvendo com os doqueiros e finalmente os Capitães de Areia ajudam numa greve. Pedro Bala abandona a liderança do grupo, mas antes os transforma numa espécie de grupo de choque. Assim Pedro Bala deixa de ser o líder dos Capitães de Areia e se torna um líder revolucionário comunista.
LOC II- Este livro foi escrito na primeira fase da carreira de Jorge Amado, e nota-se grandes preocupações sociais. As autoridades e o clero são sempre retratados como opressores (Padre José Pedro é uma exceção mas nem tanto; antes de ser um bom padre foi um operário), cruéis e responsáveis pelos males. Os Capitães da Areia são tachados como heróis no estilo Robin Hood. No geral, as preocupações sociais dominam, mas os problemas existenciais dos garotos os transforma em personagens únicos e corajosos, corajosos Capitães de Areia de Salvador.
LOC I – Boa tarde, boas leituras e até quinta-feira.
LOC II – Boa tarde e fiquem com a música: canta meninada.
NOME:_____________________________________ 1ª SÉRIE__


1) LEIA A PARLENDA, CIRCULE TODAS AS PALAVRAS QUE TENHAM “C” E DEPOIS COPIE-AS:
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
2) ENCONTRE NO TEXTO PALAVRAS QUE RIMEM COM:
TIA AVÓ CHÃO



3) COMPLETE A CRUZADINHA ABAIXO. SE QUISER, CONSULTE O BANCO DE PALAVRAS:

AVÓ – LENCINHO – CASA – CUTIA – MÃO - CORAÇÃO

4) COMPLETAR AS LETRAS FALTOSAS:

L

C

N
H

U
I
A

C

R
Ç



5) ENCONTRE PALAVRAS DO TEXTO NO CAÇA-PALAVRAS ABAIXO:

LENCINHO – MÃO – CIPÓ – BONITO – MOÇO
CORAÇÃO – CASA – CHÃO – CUTIA - AVÓ



6)EM QUAL BRINCADEIRA É USADA A PARLENDA QUE VOCÊ LEU?
_____________________________________________________
7) REESCREVA A PARLENDA, TROCANDO AS FIGURAS POR SEUS NOMES:


__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________

NOME:______________________________________________

1) LEIA O TRAVA-LÍNGUA ABAIXO E GRIFE TODAS AS PALAVRAS INICIADAS COM A LETRA “B”:


2) AGORA, COPIE TODAS AS PALAVRAS QUE VOCÊ GRIFOU:
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
3) ONDE A BOLA BATEU?


BOTÃO
BONÉ
BOTA

4) QUEM BOTOU “ BANCA DE BRAVO”?


BETO
BODE
BENÉ

5) QUEM MANDOU A BOLADA?


BODE
BENÉ
BETO

6) OBSERVE A CENA ABAIXO E MARQUE “X” SOMENTE NAS FRASES VERDADEIRAS:


A BOLA BATE NO BULE.

BETO CHUTA A BOLA.

A BOLA BATE NO BETO

A BOLA BATE NO BODE.

7) AS FRASES DO TRAVA-LÍNGUA ESTÃO FORA DE ORDEM. VAMOS NUMERÁ-LAS NA ORDEM EM QUE APARECEM NO TRAVA-LÍNGUA:

BANCA DE BRAVO
EM ALTOS BRADOS:
QUE MANDOU ESTA BOLADA
UMAS BOAS BUTINADAS.
NA BOTA DE BETO
A BOLA BATEU.
BUFANDO E BERRANDO
BETO BOTOU
__ PARA O BOBO DO BODE
EU JÁ BOLEI

8) AGORA, COPIE O TRAVA-LÍNGUA NA ORDEM QUE VOCÊ NUMEROU E LEIA:











9) OBSERVE A CENA E PINTE-A: DEPOIS, ESCREVA TODOS OS NOMES DAS FIGURAS CUJOS NOMES COMEÇAM COM “B”:


_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________


A FOCA


CIRCULE AS PALAVRAS QUE TENHAM A LETRA “F” E COPIE-AS: A FOCA


CIRCULE AS PALAVRAS QUE TENHAM A LETRA “F” E COPIE-AS:



NOME: ____________________________________________

1) FORME PALAVRAS TROCANDO OS NUMERAIS PELAS SÍLABAS:

1
O 2
BA 3
BI 4
CO 5

6
BÁ 7
A 8
BE 9
BO 10
CA
11
DA 12
DU 13
DE 14
CU 15
DI
16
E 17
DO 18
BÃO 19
DÃO 20
CÃO

7 e 2 14 e 10 
14 e 2  14 e 4 
8 e 5  4 e 4 
3 e 4  4 e 10 
1 e 2  4, 10 e 11 
2 e 6  10, 12 e 4 
9 e 10  16, 12, 10 e 17
10 e 9  11 e 17 
9 e 9  13 e 17 
8 e 9  13 e 19 
15 e 17  9 e 18 
9 e 3  3 e 20 
20  3, 14 e 17 

2) ESCOLHA UMA PALAVRA E FORME UMA FRASE COM ELA:
 _________________________________________________ 3) VAMOS BRINCAR DE DETETIVE?


DE CA DO A


A DI

DO DA


A DEI CA


DO DE

CA CO DA


DO DA CUI


DÃO DE

DA DOI


DU CA CO


E DU DO CA


4) LEIA, DESENHE E FORME FRASES CRIATIVAS:
COCADA




DEDO




CABIDE






NOME:_____________________________________________

TEXTO: A FOCA FILÓ


INTERPRETANDO O POEMA

1) CIRCULE, NO POEMA, AS PALAVRAS QUE TENHAM A LETRA “F” E COPIE-AS:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________ 2) QUAL É O TÍTULO DO POEMA?
____________________________________________________

3) DE QUEM FALA O POEMA?
____________________________________________________

4) O QUE A FOCA FILÓ COME?
____________________________________________________
____________________________________________________

5) O QUE A FOCA FILÓ APRENDEU A FAZER ALÉM DE NADAR?
____________________________________________________
____________________________________________________

6) LIGUE AS PALAVRAS QUE RIMAM:

FILÓ CAFÉ

FILÉ FORRÓ

NADAR DIA

FOLIA DANÇAR

7) PINTE SOMENTE OS QUADROS EM QUE APARECEM AS QUALIDADES DA FOCA FILÓ:


GULOSA FEIA SABIDA
NERVOSA SAPECA BRAVA




NOME:_____________________________________________

TEXTO O GALO E O FIGO

1)CIRCULE, NO TEXTO, AS PALAVRAS QUE TENHAM A LETRA “G” E COPIE-AS:
______________________________________________________
______________________________________________________ 2)QUEM ACORDOU COM FOME?
__________________¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬-_______________________________

3) MARQUE “X” NAS RESPOSTAS CERTAS:


NOME________________________________________________

A FESTA DA JOANINHA
INTERPRETAÇÃO DO TEXTO

1) GRIFE NO TEXTO TODAS AS PALAVRAS QUE TENHAM A LETRA “J” (NO COMEÇO OU NO MEIO) E COPIE-AS:
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________


NOME:________________________________________________

COMO É E O QUE FAZ
CONTINUE O TEXTO:



NOME_________________________________________________

AS TRAVESSURAS DO LOBO




ENTENDENDO O POEMA
• ADIVINHA
QUEM SOU EU?

NÃO SOU GRANDE, COMO UM ELEFANTE
MAS SOU MUITO ELEGANTE
COM MINHA BELA CABELEIRA
TENHO UM URRO DE TROVÃO
POIS NÃO SOU DE BRINCADEIRA.

O MEU NOME É______________________.

• DESENHE O QUE VOCÊ ADIVINHOU:













• FORME UMA FRASE COM A FIGURA ACIMA:

_____________________________________

Modelo de um Plano de aula

ESTADO DO CEARÁ
PREFEITURA MUNICIPAL DE PALHANO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

E.E.F._______________________________________________________________________________________
PROFESSOR(A)_______________________________________________________________________________
DISCIPLINA:__________________________ DATA:___/02/2010- 3 ano- produção
OBJETIVO: Ampliar a expressão oral, através do diálogo,debates e relatos pessoais.
Atender a proposta solicitada;
Escrever o texto considerando a sua finalidade.
Faz uso adequado da letra maiúscula.

DESCRITORES: Reconhecer o assunto do texto;
Identificar o gênero do texto;
GÊNERO/TÍTULO: CONVITE
FORMAS DE FRAZER:LEITURA, ELABORAÇÃO E REESCRITA DE CONVITE
O QUE FAZER; Acolhida_____________________________________________________________________________________
Pergunte aos alunos se já foram convidados para aniversários, casamentos e outras festas. Como foi feito o convite.
Escreva o texto no quadro. Faça a leitura coletiva do texto. Após a leitura pergunte a eles se sabem que gênero é esse e para que serve.
Informe o gênero e suas características e para que serve e por que temos que aprende-lo a escrever.
Leia novamente com eles e peça que eles localizem as parte que formam o convite.
CONVIDADO(DESTINATÁRIO)
MENSAGEM(EVENTO, DIA,HORA)
REMETENTE
ENDEREÇO
Compare o convite com um bilhete, destacando as diferenças entre eles.
Peça eles que escrevam o convite e pinte as letras maiúsculas e dizer porque tem letras desse tipo.
No quadro faça a reescrita coletiva do convite e peça que eles escrevam no caderno.
Exponha os convites elaborados
ATIVIDADE: Em duplas solicitem que elaborem um convite e sugira o evento.
Após eles escreverem peça que organizem as parte que compõem pontuação, utiliza-se maiúscula, escrita correta das palavras.
O QUE TRABALHAMOS HOJE?
Sorteie dois alunos para responder as perguntas da aula.
1- Que texto estudamos hoje? 2- Qual o assunto? 3- Para que serve? 4-O título do texto estudado?5- Quais são suas partes?
BIBLIOGRAFIA: Baseado na poesia de José Carlos Paes
O QUE NÃO DEU CERTO:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Adriana
Espero você no dia 24 de abril, às 18 horas, para a festa do meu aniversário.
Um abraço,
Luisa
Endereço: Rua das Flores, nº 26
Bairro da Paz.
10/04/2010

A ÁRVORE DOS DESEJOS

PAMPLONA, Rosane. JÚNIOR, Dino Bernardi. A Árvore dos Desejos. In: Outras Novas Histórias Antigas. Ed. Brinque-book. 5ª reimpressão. São Paulo.
ERA UMA VEZ UMHOMEM QUE SE QUEIXAVA DE LEVAR UMA VIDA MUITO DIFÍCIL. Achava-se tão injustiçado pelo destino que ele mesmo se apelidara de João-sem-sorte. Tudo lhe saía errado: não conseguia fazer bons negócios, nenhuma moça se interessava por ele, nada lhe trazia alegria.
Um dia, cansado de tanta falta de sorte, desiludido com sua vida, resolveu se matar. Com uma corda na mão, dirigiu-se a uma velha árvore que havia nos arredores da cidade, disposto a enforcar-se.
Quando, porém, jogou o laço num dos galhos, vindo não se sabe bem de onde, apareceu um velho bem velho, de barbas longas, quase transparentes, de tão brancas. Com uma voz roufenha, que parecia vir de muito longe, o velho perguntou:
__ Você está querendo se matar, meu filho? Será que você tem mesmo motivos para isso? Venha, sente-se aqui comigo à sombra da árvore e me conte o que aconteceu.
João-sem-sorte hesitou, mas obedeceu, impressionado por aquele ser misterioso e imponente. Sentou-se ao lado dele e contou-lhe como sua vida era difícil, como sofrera injustiças, como a sorte nunca estava ao seu lado. Quando acabou de ouvir aquelas lamurias, o velho revelou-lhe:
__ Sabe, meu filho, eu sou o Velho Destino. Sou tão velho quanto a própria vida e não gosto que me chamem de injusto. Por isso vou lhe dar uma chance: não muito longe daqui, existe uma árvore parecida com esta, mas muito mais alta e frondosa. Saiba que essa é a árvore dos Desejos. Debaixo de sua copa, tudo o que você desejar se realizará, basta dizê-lo em voz alta. Para chegar até lá, você deve caminhar durante sete dias sem parar, seguindo sempre na direção do vento. Agora seja feliz e aproveite a oportunidade do Destino!
E , erguendo os braço, a estranha criatura desapareceu. Na mesma hora, começou a soprar um vento forte.
João hesitou, mas tudo o impressio9nara de tal maneira que ele decidiu aceitar as instruções do velho. “ Afinal, pensou ele, o que tenho a perder? Sempre posso desistir e voltar no meio do caminho. Eu ia me matar, mesmo”... Assim resolvendo, pôs-se a andar seguindo o vento. E andou e andou o dia inteiro. Naquela noite, ele dormiu um sono pesado e tranqüilo, talvez porque estivesse muito cansado.
No dia seguinte, retomou a caminhada e a cada passo sentia-se mais animado e cheio de esperanças. E assim caminhou perseverante, por sete dias. No fim do sétimo dia __ ó maravilha!__ ele se deparou com a árvore alta e frondosa descrita pelo velho Destino. Sem perder tempo, João aproximou-se e disse em voz alta:
___ Eu desejo comida e bebida à vontade!
E, porque ele desejasse, seu desejo foi atendido: uma mesa coberta de iguarias apareceu à sua frente. Carnes cheirosas, biscoitos dourados, bebidas de todos os sabores, de tudo João experimentava, dando gritos de alegria. Depois, saciado, ele pediu:
___ Agora, uma cama macia, com almofadas de pena!
E, porque ele desejasse, seu desejo foi atendido. No dia seguinte, João acordou feliz e desejou uma refeição leve; e depois desejou um bom banho, e depois uma linda e carinhosa mulher e depois uma casa confortável para os dois e belas roupas e jóias, e tudo o mais que lhe vinha á mente.
E, porque ele desejasse, seu desejo foi atendido. Assim ele viveu feliz durante vários dias, bastando desejar para ser atendido.
Uma bela manhã, porém, João acordou perturbado. Sua mulher já se levantara e preparava com todo o cuidado a café da manhã que costumava levar ao marido. Sozinho em seu quarto, João se pôs a cismar. “ Mas que história incrível a que aconteceu comigo...Realmente, há algo muito estranho aqui.. Quem poderia acreditar que eu, há poucos dias, era o homem mais infeliz do mundo? Será que isso não é uma armadilha? Aquele velho era tão estranho... Pensando bem, mais me pareceu um feiticeiro maligno... Acho que fui um tolo acreditando nele!”
Nisso, a sua bela mulher apareceu na porta do quarto com a bandeja na mão.Atormentado, João olhou para ela e disse:
__Só me falta agora essa mulher ser um demônio disfarçado e querer me devorar!
E, porque ele desejasse...