RELAÇÃO DOS CANDIDATOS PARA A SELEÇÃO DE PROFESSORES DA EJA E PBA E SUA RESPECTIVA NOTA POR ÁREA.
PBA
01. Localidade: Alto da Irmandade
NOME NOTAS
LP MAT ATUALID REDAÇAO NOTA SIT.
Cosmo Correia da Fonseca 0,0 7,0 6,0 3,0 16,0 REPR.
Elisangela Rodrigues de Lima FALTOU
Eliziene de Lima Santiago 2,0 8,0 2,0 5,0 17,0 REPR.
02. Localidade: Cajueirinho
NOME NOTAS
LP MAT ATUALID. REDAÇAO NOTA SIT.
Francisco Delvan S. dos Santos 5,0 9,0 6,0 3,0 23,0 APROV.
03. Localidade: Cedro de Santana
NOME NOTAS
LP MAT. ATUALID REDAÇAO NOTA SIT.
Izeuda Silvestre da Silva 6,0 3,0 5,0 7,0 21,0 APROV.
Maria Marcilene de Lima 4,0 6,0 6,0 6,5 22,5 APROV.
Vera Castro dos Santos Oliveira 3,0 5,0 6,0 4,0 18,0 REPR.
04. Localidade: São Jose
NOME NOTAS
LP MAT ATUALID REDAÇAO NOTA SIT.
Jose Ítalo Sousa Silva 2,0 9,0 5,0 2,0 18,0 REPR.
Lucie de Arruda dos Santos FALTOU
05. Localidade : Feijão Bravo
NOME NOTAS
LP MAT ATUALID REDAÇAO NOTA SIT.
Elane Cristina Felix 2,0 9,0 6,0 9,0 26,0 APROV.
Francisca de Arruda da Silva 1,0 7,0 5,0 6,0 19,0 REPR.
Maria Francilene da Silva 4,0 7,0 7,0 9,0 27,0 APROV.
06. Localidade: Córrego da Esperança
NOME NOTAS
LP MAT ATUAL. REDAÇAO NOTA SIT.
Francisco Reginaldo da Silva 3,0 10,0 5,0 3,0 21 APROV.
07. Localidade: Luzilandia
NOME NOTAS
LP MAT ATUAL. REDAÇAO NOTA SIT.
Camila Cristina de Freitas 1,0 7,0 4,0 6,0 18,0 REPR.
Francisca Ivoneide da S. Santos 3,0 6,0 6,0 5,0 20,0 APROV.
08. Localidade: Estevão
NOME NOTAS
LP MAT ATUAL. REDAÇAO NOTA SIT.
Francisca Elane Silva dos Santos 2,0 5,0 1,0 6,0 14,0 REPR.
09. Localidade: Lagoa da Jurema
NOME NOTAS
LP MAT ATUAL. REDAÇAO NOTA SIT.
Erika Jessica de Souza 4,0 2,0 5,0 4,0 15,0 REPR.
10. Localidade: Barbatao
NOME NOTAS
LP MAT ATUAL. REDAÇAO NOTA SIT.
Edinalva Alves de Lima Freitas 4,0 7,0 2,0 3,0 16,0 REPR.
11. Localidade: Lagoa da Barbada
NOME NOTAS
LP MAT ATUAL. REDAÇAO NOTA SIT.
Ana Paula Celestino da Fonseca 2,0 2,0 5,0 4,0 13,0 REPR.
Maria da Conceição Pereira 6,0 6,0 5,0 3,0 20,0 APROV.
12. Localidade: Sitio Almas
NOME NOTAS
LP MAT ATUAL REDAÇAO NOTA SIT.
Maria Vanderlucia Silva Lima 2,0 7,0 4,0 3,5 16,5 REPR.
13. Localidade: Lagoa da Telha
NOME NOTAS
LP MAT ATUALI REDAÇAO NOTA SIT.
Camila Maria de Santiago 1,0 4,0 3,0 5,0 13,0 REPR.
Fransuelia Gonçalves Soares 4,0 6,0 6,0 7,0 23,0 APROV.
Raimundo Ribeiro da Silva 2,0 5,0 1,0 3,0 11,0 REPR.
Roberta Gabriela de Santiago 4,0 2,0 4,0 4,0 14,0 REPR.
14. Localidade: Salgadinho
NOME NOTAS
LP MAT ATUALI REDAÇAO NOTA SIT.
Alexandre Caio do Amaral 4,0 10,0 5,0 1,0 20,0 APROV.
Caitana Rodrigues de Freitas 4,0 4,0 4,0 4,0 16,0 REPR.
Maria Aparecida R. de Freitas 6,0 8,0 6,0 8,0 28,0 APROV.
Maria da Conceição Monteiro 3,0 7,0 5,0 2,0 17,0 REPR.
Rafael Alves de Moura 5,0 9,0 5,0 8,0 27,0 APROV.
Raimunda Maria de Lima 3,0 2,0 5,0 3,0 13,0 REPR.
Rose Alves de Moura 4,0 9,0 7,0 5,0 25,0 APROV.
15. Localidade: Canto da Cruz
NOME NOTAS
LP MAT ATUALID. REDAÇAO NOTA SIT.
Catarina Iva de Lima 2,0 8,0 4,0 4,0 18,0 REPR.
Erleuda Rodrigues do Nascimento 4,0 3,0 3,0 1,0 11,0 REPR.
Francisca Otacilia de Lima 4,0 8,0 5,0 3,0 20,0 APROV.
Fernanda de Santiago de Oliveira 3,0 5,0 5,0 3,5 16,5 REPR.
Maria Eliene da Costa Bezerra 4,0 5,0 4,0 1,5 14,5 REPR.
Gilmario de Oliveira Silva 2,0 3,0 6,0 2,0 13,0 REPR.
Izabel Iva de Lima 3,0 3,0 5,0 4,0 15,0 REPR.
Jose Evando Rodrigues da Fonseca 1,0 4,0 6,0 5,0 16,0 REPR.
Raveliene Nunes de Lima Soares 3,0 9,0 6,0 4,0 22,0 APROV.
Rubenice Nogueira da Fonseca 3,0 7,0 4,0 3,5 17,5 REPR.
16. Localidade: Sede
NOME NOTA
LP MT ATUAL. REDAÇAO NOTA SIT.
Camila Morgado do Nascimento 6,0 6,0 5,0 4,0 21,0 APROV.
Francisca Erani Soares 4,0 4,0 6,0 3,5 17,5 REPR.
Francisca Gomes dos Santos Abílio 5,0 5,0 5,0 6,0 21,0 APROV.
Francisca Marilene da Silva FALTOU
Gleiciane de Lima Oliveira 5,0 9,0 6,0 8,0 28,0 APROV.
Liduina de Oliveira Lima Colares FALTOU
Ligia Micaele Oliveira Silva 0,0 8,0 4,0 5,0 17,0 REPR.
Lisraelle de Sousa Silva 3,0 10,0 9,0 7,5 29,5 APROV.
Luzia Rodrigues de Oliveira 5,0 4,0 4,0 3,0 16,0 REPR.
Márcia de Oliveira Santiago 2,0 5,0 3,0 4,5 14,5 REPR.
Maria Alaizalba da Silva FALTOU
Maria Edileuza Beserra 5,0 6,0 5,0 3,0 19,0 REPR.
Maria Valdenizia da Silva Santiago 2,0 5,0 3,0 0,0 10,0 REPR.
Mardem Pedro Celestino da Silva FALTOU
Meire Gomes Alves 5,0 6,0 3,0 2,0 16,0 REPR.
Micheline Kelle Lima 6,0 6,0 3,0 5,0 20,0 APROV.
Monica de França Silva 1,0 5,0 6,0 4,0 16,0 REPR.
Vilani Maria da Silva 5,0 5,0 4,0 4,0 18,0 REPR.
Obs: Critérios de classificação;
1° - Obter 50% ou mais de acertos em cada prova;
2° - Obter 50% ou mais de acertos na prova total;
. Em caso de Empate:
1° - Maior nota em Língua Portuguesa;
2° - Maior nota em Matemática.
RELAÇÃO DOS CANDIDATOS PARA A SELEÇÃO DE PROFESSORES DA EJA E PBA E SUA RESPECTIVA NOTA POR ÁREA
EJA
01. Localidade: Luzilandia
NOME NOTAS
LP MAT ATUALID REDAÇAO NOTA SIT.
Ana Paula de Freitas 4,0 6,0 4,0 3,0 17,0 REPR.
Maria Claudiana de Sousa Oliveira 3,0 3,0 5,0 2,5 13,5 REPR.
Maria Lucileuda da Silva 3,0 5,0 4,0 2,0 14,0 REPR.
02. Localidade: Cajueirinho
NOME NOTAS
LP MAT ATUALID. REDAÇAO NOTA SIT.
Francisca Maiara de P. Santos 8,0 10,0 10,0 9,0 37,0 APROV.
Maria Edileuza da Gloria Lima 4,0 5,0 4,0 2,0 15,0 REPR.
Maria Juarleide de Lima 5,0 5,0 9,0 7,0 26,0 APROV.
03. Localidade: Cedro de Santana
NOME NOTAS
LP MAT. ATUALID REDAÇAO NOTA SIT.
Jucilene Silvestre dos Santos 4,0 4,0 8,0 4,0 20,0 APROV.
04. Localidade: São Jose
NOME NOTAS
LP MAT ATUALID REDAÇAO NOTA SIT.
Maria Nilda de Arruda da Silva 2,0 8,0 8,0 6,0 24,0 APROV.
Maria Oliene Silva de Arruda 6,0 7,0 6,0 4,0 23,0 APROV.
Samuel Gomes dos Santos FALTOU
09. Localidade: Lagoa da Jurema
NOME NOTAS
LP MAT ATUAL. REDAÇAO NOTA SIT.
Edinaldo da Silva Souza 4,0 8,0 7,0 3,0 22,0 APROV.
Josimeire Nogueira dos Santos 5,0 7,0 6,0 4,0 22,0 APROV.
Maria Cleudirene O. Nogueira 5,0 6,0 9,0 3,0 23,0 APROV.
10. Localidade: Barbatao
NOME NOTAS
LP MAT ATUAL. REDAÇAO NOTA SIT.
Marinalva Alves de Lima 4,0 3,0 8,0 7,0 22,0 APROV.
Valdecir Alves de Freitas 4,0 9,0 6,0 8,0 27,0 APROV.
11. Localidade: Lagoa da Barbada
NOME NOTAS
LP MAT ATUAL. REDAÇAO NOTA SIT.
Ana Kilvia Beserra 1,0 3,0 4,0 3,0 11,0 REPR.
Maria Elenilce de Oliveira 2,0 3,0 2,0 3,0 10,0 REPR.
12. Localidade: Sitio Almas
NOME NOTAS
LP MAT ATUAL REDAÇAO NOTA SIT.
Francisca Aurilene Faustina Damasceno 2,0 7,0 7,0 7,0 23,0 APROV.
13. Localidade: Lagoa da Telha
NOME NOTAS
LP MAT ATUALI REDAÇAO NOTA SIT.
Alex Sandro Soares da Silva 6,0 4,0 9,0 5,0 24,0 APROV.
Ana Lidia do Nascimento Gonçalves 6,0 9,0 7,0 5,0 27,0 APROV.
Elisberto Ribeiro de Oliveira 5,0 10,0 9,0 10,0 34,0 APROV.
Erica Tamires Beserra do Nascimento 4,0 5,0 6,0 3,0 18,0 REPR.
Maria Elenilce Ferreira Santiago 7,0 4,0 6,0 3,0 20,0 APROV.
Neliana Maia de Lima 4,0 5,0 6,0 1,0 16,0 REPR.
14. Localidade: Pedra Branca
NOME NOTAS
LP MAT ATUALI REDAÇAO NOTA SIT.
Adriana Nogueira do Nascimento 1,0 7,0 5,0 4,0 17,0 REPR.
Antonia Janiele N. da Rocha 4,0 7,0 5,0 5,0 21,0 APROV.
Francisco de Assis Silva 3,0 7,0 5,0 5,0 20,0 APROV.
15. Localidade: Canto da Cruz
NOME NOTAS
LP MAT ATUALID. REDAÇAO NOTA SIT.
Catia dos Santos Freitas FALTOU
Danielle Antonia de Santiago 4,0 6,0 4,0 5,0 19,0 REPR.
Edilene Maria de Oliveira 2,0 2,0 4,0 7,0 15,0 REPR.
Francisca Ana Lidia de Lima 5,0 5,0 6,0 7,0 23,0 APROV.
Francisca Izaene Alves da Costa 5,0 8,0 5,0 8,0 26,0 APROV.
Francisca Regina de Lima 2,0 6,0 7,0 7,0 22,0 APROV.
Jose Josimar Domingos da Silva 5,0 8,0 5,0 7,0 25,0 APROV.
Jeanne Rodrigues Gomes 5,0 8,0 2,0 3,0 18,0 REPR.
Laisa Maria Nogueira 4,0 6,0 4,0 2,0 16,0 REPR.
Márcia Cristina de Lima 4,0 9,0 6,0 4,0 23,0 APROV.
Maria da Conceição Alves da Fonseca FALTOU
Obelia Maria da Silva 2,0 7,0 5,0 4,5 18,5 REPR.
Regineide Cornélio Santos da Silva 4,0 8,0 5,0 6,0 23,0 APROV.
Sergineudo Rodrigues da Fonseca 4,0 5,0 8,0 3,5 20,5 APROV.
Silvaneide Rodrigues da Silva FALTOU
Vânia Beserra da Fonseca 3,0 5,0 6,0 4,0 18,0 REPR.
16. Localidade: Sede
NOME NOTA
LP MT ATUAL. REDAÇAO NOTA SIT.
Aila Maria Barreto de Medeiros FALTOU
Aleny Kelle Gomes de Lima 3,0 5,0 5,0 5,0 18,0 REPR.
Ângela Ferreira do Amaral 5,0 8,0 7,0 4,0 24,0 APROV.
Aurivando Silva do Amaral 4,0 2,0 6,0 4,0 16,0 REPR.
Carla Pascoal de Oliveira 5,0 5,0 4,0 4,0 18,0 REPR.
Edna Maria da Silva de Carvalho 3,0 5,0 2,0 3,0 13,0 REPR.
Eliziano Alves da Silva 6,0 5,0 3,0 1,0 15,0 REPR.
Fábia Jeane Rodrigues de Oliveira 3,0 5,0 7,0 3,0 18,0 REPR.
Francisca Talita de Lima Sales 2,0 5,0 0,0 6,0 13,0 REPR.
Francisca Valdina de Lima 3,0 6,0 4,0 4,0 17,0 REPR.
Francisco Fabio das Chagas 5,0 7,0 8,0 7,0 27,0 APROV.
Francisco Joelcy Torquato dos Santos 1,0 7,0 5,0 3,0 16,0 REPR.
Galvania Lima Galvão 5,0 5,0 5,0 2,0 17,0 REPR.
Gildenes Pascoal de Oliveira 2,0 6,0 5,0 3,0 16,0 REPR.
Gilvanda Pascoal de Oliveira 5,0 5,0 4,0 2,0 16,0 REPR.
Jose Claudenor de Lima FALTOU
Jose Valmi de Lima Monteiro 3,0 6,0 8,0 4,0 21,0 APROV.
Jozabete Tavares da Silva 5,0 6,0 7,0 8,0 26,0 APROV.
Leina Mara Amaral da Fonseca 4,0 5,0 7,0 3,0 19,0 REPR.
Luciane Claudia do Amaral FALTOU
Marcio Eriberto da Silva 4,0 4,0 5,0 5,0 18,0 REPR.
Maria Eurenice dos Santos 3,0 8,0 4,0 3,0 18,0 REPR.
Maria Laismar da Silva 3,0 5,0 6,0 4,0 18,0 REPR.
Maria Osvaneide da Silva Lima FALTOU
Obs: Critérios de classificação;
1° - Obter 50% ou mais de acertos em cada prova;
2° - Obter 50% ou mais de acertos na prova total;
. Em caso de Empate:
1° - Maior nota em Língua Portuguesa;
2° - Maior nota em Matemática.
terça-feira, 7 de julho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
"FORMAÇÃO DO LEITOR":QUANDO O SABER PERDE SABOR
Em princípio, um texto literário parece estar a anos-luz dos textos científicos. O que os une são as palavras. E só. Um engenheiro gosta de poesia? Nem pensar. Um poeta interessado em buracos-negros, quanta ou nanotecnologia? Somente enquanto metáforas! Nossa "vã filosofia", no entanto, trapaceia conosco o tempo todo, pois médicos, engenheiros, arquitetos contam-se às dezenas entre os poetas e romancistas. Guimarães Rosa, Pedro Nava, Jorge de Lima e Moacyr Scliar são, ou foram, médicos; Euclides da Cunha, engenheiro e Murilo Mendes, dentista. Como então duvidar que a escola, responsável pela transmissão de saberes e formadora dos futuros profissionais da ciência, não possa lidar com a literatura? Pode, sim. Talvez tenha dificuldade em fazê-lo, mas reúne em latência as condições necessárias para tratar adequadamente a literatura, de forma a obter dela modos de ver e compreender a realidade, que permitam somar-se aos conhecimentos científicos, técnicos e culturais, a dimensão estética, de sensibilidade e de reflexão próprios da literatura.
Em primeiro lugar, faz-se necessário deixar de lado a pretensão de transformar a literatura em aula de língua portuguesa ou em lições de moral e de comportamento. A dimensão moral do texto literário tem a ver com o mundo ficcional. Se assim não fosse, as narrativas virtuosas das fábulas e contos tradicionais deveriam dispensar os vilões, porque só os heróis interessariam à escola. Como explicar a adesão dos alunos ao lobo mau, aos vampiros, a Pedro Malasartes e a todos os personagens espertos e amorais das narrativas? Serão os leitores pervertidos e amorais, eles também? Não acredito. Apenas lêem os textos com olhares de ficção (reconhecem mecanismos narrativos, abusam do pacto ficcional proposto pelo texto, vivem a identificação inconsciente, percebem não racionalmente as utopias da literatura). Por isso, mal compreendem e só aceitam quando imposta a interpretação maniqueísta e/ou moralista do professor. Entre a ingênua Bela Adormecida e a poderosa fada Malévola, entre o repetitivo Príncipe Encantado e a esperteza vitoriosa de Malasarte, qual é a provável opção do aluno?
Monteiro Lobato, ao querer ensinar o povo do Sítio do Picapau Amarelo – e por extensão os leitores – conteúdos de aritmética, geografia, história, política, língua portuguesa, botânica e biologia, astronomia e geologia, teve que recobrir a informação científica com várias camadas de fantasia e ficção. O que resta hoje de seus livros de saberes? Sobrou o que transcendeu esse saber: a convivência natural com o imaginário, a capacidade das palavras tirarem do nada seres quase gente de carne e osso, como Pedrinho, Tia Nastácia, Dona Benta, Quindim, Visconde, Narizinho e a maravilhosa Emília, a anti-aluna, segundo os padrões da época.
Essa lição não foi esquecida por Ana Maria Machado, filha intelectual de Lobato. Ela lançou, em 2006, um livro intitulado Procura-se lobo. Nele, a defesa do meio ambiente (precisamente a extinção de espécies de lobos, como o lobo-guará) está profundamente enraizada numa narrativa cativante e alusiva, repleta de outras histórias, que têm o lobo como protagonista e vilão: Os três porquinhos, O lobo e o cordeiro, Chapeuzinho Vermelho, a lenda da fundação de Roma e muitas outras. Perfeita narrativa, com humor, criatividade, contextualização do universo das histórias infantis e um rápido fecho ecológico. Hipertrofiar o aspecto narrativo, alargando o final ecológico, seria submeter o texto aos interesses da escola, traindo assim sua unidade literária.
Também em Pinóquio, de Carlo Collodi, escrito em 1883, já era narrada a história de um boneco avesso a todos os ensinamentos, rebelde em relação à escola, aos adultos e ao bom-senso. A narrativa é repleta de lições e frases moralistas que, naturalmente, envelheceram. O que salva o texto é a busca incessante do boneco pela humanização. Seus defeitos e desobediências lhe garantem a humanidade. A literatura que trata de valores que transcendem os saberes escolares venceu mais uma vez. A narração educativa não conseguiu sobreviver ao personagem e sua significação mais profunda.
Nesses exemplos, o sabor ficcional predominou sobre o saber fechado e escolarizado, mesmo que dotado de boas intenções.
Marta Morais da Costa
Doutora em Literatura Brasileira, professora da UFPR e da PUCPR, escritora e estudiosa da área de leitura, dramaturgia e literatura infantil e juvenil
Em primeiro lugar, faz-se necessário deixar de lado a pretensão de transformar a literatura em aula de língua portuguesa ou em lições de moral e de comportamento. A dimensão moral do texto literário tem a ver com o mundo ficcional. Se assim não fosse, as narrativas virtuosas das fábulas e contos tradicionais deveriam dispensar os vilões, porque só os heróis interessariam à escola. Como explicar a adesão dos alunos ao lobo mau, aos vampiros, a Pedro Malasartes e a todos os personagens espertos e amorais das narrativas? Serão os leitores pervertidos e amorais, eles também? Não acredito. Apenas lêem os textos com olhares de ficção (reconhecem mecanismos narrativos, abusam do pacto ficcional proposto pelo texto, vivem a identificação inconsciente, percebem não racionalmente as utopias da literatura). Por isso, mal compreendem e só aceitam quando imposta a interpretação maniqueísta e/ou moralista do professor. Entre a ingênua Bela Adormecida e a poderosa fada Malévola, entre o repetitivo Príncipe Encantado e a esperteza vitoriosa de Malasarte, qual é a provável opção do aluno?
Monteiro Lobato, ao querer ensinar o povo do Sítio do Picapau Amarelo – e por extensão os leitores – conteúdos de aritmética, geografia, história, política, língua portuguesa, botânica e biologia, astronomia e geologia, teve que recobrir a informação científica com várias camadas de fantasia e ficção. O que resta hoje de seus livros de saberes? Sobrou o que transcendeu esse saber: a convivência natural com o imaginário, a capacidade das palavras tirarem do nada seres quase gente de carne e osso, como Pedrinho, Tia Nastácia, Dona Benta, Quindim, Visconde, Narizinho e a maravilhosa Emília, a anti-aluna, segundo os padrões da época.
Essa lição não foi esquecida por Ana Maria Machado, filha intelectual de Lobato. Ela lançou, em 2006, um livro intitulado Procura-se lobo. Nele, a defesa do meio ambiente (precisamente a extinção de espécies de lobos, como o lobo-guará) está profundamente enraizada numa narrativa cativante e alusiva, repleta de outras histórias, que têm o lobo como protagonista e vilão: Os três porquinhos, O lobo e o cordeiro, Chapeuzinho Vermelho, a lenda da fundação de Roma e muitas outras. Perfeita narrativa, com humor, criatividade, contextualização do universo das histórias infantis e um rápido fecho ecológico. Hipertrofiar o aspecto narrativo, alargando o final ecológico, seria submeter o texto aos interesses da escola, traindo assim sua unidade literária.
Também em Pinóquio, de Carlo Collodi, escrito em 1883, já era narrada a história de um boneco avesso a todos os ensinamentos, rebelde em relação à escola, aos adultos e ao bom-senso. A narrativa é repleta de lições e frases moralistas que, naturalmente, envelheceram. O que salva o texto é a busca incessante do boneco pela humanização. Seus defeitos e desobediências lhe garantem a humanidade. A literatura que trata de valores que transcendem os saberes escolares venceu mais uma vez. A narração educativa não conseguiu sobreviver ao personagem e sua significação mais profunda.
Nesses exemplos, o sabor ficcional predominou sobre o saber fechado e escolarizado, mesmo que dotado de boas intenções.
Marta Morais da Costa
Doutora em Literatura Brasileira, professora da UFPR e da PUCPR, escritora e estudiosa da área de leitura, dramaturgia e literatura infantil e juvenil
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Amigos da leitura
Quer se encantar, emocionar, sonhar e desvendar um segredo.
ENTÃO LEIA O MISTÉRIO DA PROFESSORA JULIETA...ESPERE NÃO CONTE O FINAL A NINGUÉM....
FAÇA UM CURSO COM A PROFESSORA JULIETA E APLIQUE NA SUA VIDA E PROFISSÃO......
ENTÃO LEIA O MISTÉRIO DA PROFESSORA JULIETA...ESPERE NÃO CONTE O FINAL A NINGUÉM....
FAÇA UM CURSO COM A PROFESSORA JULIETA E APLIQUE NA SUA VIDA E PROFISSÃO......
SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS
Sugestões de exercícios para ajudar as crianças a perceberem
as relações entre letras e sons:
1)Ajude as crianças a reconhecerem diferenças de uma única letra que criam diferenças de som e de sentido:
lobo-bobo medo-dedo tiro-tipo coco-coca
faca-vaca menino-menina pato-pata
mel-fel pata-lata mata-mapa
2)Mostrar palavras que se escrevem e se lêem do mesmo modo mas têm sentidos diferentes, dependendo da frase em que se encontram: manga, casa, pé, etc.
3)Apresente as palavras próximas umas embaixo das outras e destaque as partes iguais:
chapeuzinho netinho mata bobo chá
charuto cestinho mala cabo fechado
chata ninho cama lobo fechadura
uma bucha
4)Ensine as crianças a recitar ou a cantar versinhos ou quadrinhas, falando mais alto as palavras que rimam, podem bater palmas quando elas aparecerem.
5)Organizar listas, cartazes ou livrinhos de palavras com a mesma letra ou sílaba inicial.
6)Aproveite situações do dia-a-dia da criança e sugira à ela que crie seus próprios textos músicas, histórias, notícias etc, que sejam de seu interesse.
7)Proponha que descubram uma palavra "escondida" ou contida dentro da outra.
Exemplos:
Qual é a palavra que está "escondida" em todas as palavras abaixo?
barba - acabar - barbado
Resposta: BAR
E nestas outras?
mar - martelo - marmelo - amar - remar - somar - Marcelo
Resposta: MAR
As crianças estarão lendo quando forem capazes de perceber como as letras funcionam para representar os sons da língua e ao mesmo tempo possam entender o que estão lendo.
Lembro que o processo de Alfabetização, deve caminhar de maneira natural, significativo e gradativamente na direção do conhecimento de palavras, sílabas, letras e regras ortográficas.
A leitura inicial deverá ser interessante e prazerosa, para que não ocorra o risco de as crianças acharem que a leitura não serve para nada.
Toda criança deve entender que a leitura e a escrita têm uma função social.
Atividade complementar / Língua Portuguesa
2º ano (1ª série) – 1º bimestre
1. O Cebolinha, personagem da Turma da Mônica, não pronuncia corretamente.
a letra R. Ele fala “elado”, ou seja, errado.
Leia a tirinha abaixo e reescreva corretamente as palavras, trocando o L pelo R ou pelo RR:
Atividade complementar / Língua Portuguesa
3º ano (2ª série) – 1º bimestre
1. Você conhece o personagem Pequeno Polegar? Se não conhece, como
você imagina que ele é?
O conto que você vai ler é da tradição japonesa e conta a história de um
menino muito parecido com o do conto do Pequeno Polegar. Seu nome é
Pequetito.
Pensando nisso, por que você acha que ele tem esse nome?
Qual será a principal semelhança entre esses contos? Troque idéias com seus
colegas e depois leia o conto.
Pequetito
Era uma vez um casal que só depois de muito esperar e pedir aos
deuses conseguiu ter um filho. O menino nasceu com saúde e era bem bonito,
mas nunca cresceu, e por isso recebeu o nome de Pequetito.
Quando chegou a hora de mandá-lo conhecer o mundo, seus pais lhe
deram uma agulha para servir de espada, uma cuia de comer arroz para ser
seu barco e um par de palitos para fazer as vezes de remos.
Assim equipado, Pequetito partiu, navegando até a capital, Quioto, onde
foi ter ao casarão de uma família que se encantou com ele e o convidou para
morar ali.
Um dia Pequetito viajou com a filha de seus anfitriões, uma linda jovem
que gostava muito dele. No caminho um ogro os atacou, dizendo que queria
raptar a moça. “Primeiro vai ter que lutar comigo!”, o corajoso rapaz exclamou,
brandindo a agulha.
O ogro riu, agarrou-o e sem perda de tempo o engoliu.
2
Lá no estômago do ogro, Pequetito o espetou tanto com sua agulha que
o malvado papão o cuspiu fora. Assim que se viu livre., o moço lhe furou os
olhos com a agulha. O ogro gritou de dor e correu, deixando cair um pequeno
objeto de metal. “É um martelo mágico que realiza desejos”, a jovem explicou.
“Então me dê uma martelada, para ver se me faz crescer”, o rapaz falou. A filha
de seus anfitriões lhe martelou a cabeça com toda a força…e Pequetito se
transformou num samurai alto e garboso, com quem ela logo se casou.
PHILIP, N. Volta ao mundo em 52 histórias. São Paulo: Companhia das Letrinhas, p. 24.
Responda:
1. Por que o menino recebeu o nome de Pequetito?
2. Quais são os presentes que seus pais deram a Pequetito quando ele saiu de
casa?
3. Quando Pequetito decide ir para Quioto, ele fica hospedado “no casarão de
uma família que se encantou com ele”. Nesse trecho, se encantar tem o
mesmo sentido de:
( ) Ficar enfeitiçada por magia.
( ) Achar lindo, gostar muito.
( ) Cantar junto com ele.
4. Qual é o principal conflito dessa história?
5. Quais são os outros conflitos dessa história?
( ) Pequetito ser muito pequeno.
( ) Pequetito ir para uma casa em que todos ficam encantados com ele.
( ) Pequetito se apaixonar pela filha dos seus anfitriões.
( ) A filha dos anfitriões dar uma martelada na cabeça dele.
6. Como Pequetito conseguiu derrotar o ogro?
7. Qual é o elemento mágico que muda a vida de Pequetito?
3
8. Releia:
“…““…e Pequetito se transformou num samurai alto e garboso…”
Desenhe como Pequetito ficou depois de ocorrer a sua transformação
Atividade complementar / Língua Portuguesa
5º ano (4ª série) – 1º bimestre
Leia:
Monteiro Lobato estava sempre criando novas histórias. A turma do Sítio
do Pica-pau Amarelo viveu muitas aventuras com personagens famosos, tais
como: Pequeno Polegar, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Popeye,
Gato Félix, Dom Quixote e muitos outros.
Leia um trecho de uma dessas aventuras em que Pedrinho, Emília e o
Visconde vão pra a Grécia Antiga, viver uma grande aventura com Hércules,
um grande herói grego.
Para isso, utilizam o pó de pirlimpimpim. Troque idéias com seus
colegas sobre o que esse pó faz.
Preparativos
Pedrinho explicou ao Visconde os seus planos de nova viagem pelos
tempos heróicos da Grécia Antiga. “Vamos nós três, eu, você e a Emília.”
(…)
— Que quantidade de pó quer? — indagou o Visconde.
— Um canudo bem cheio.
O pó de pirlimpimpim era conduzido num canudinho de taquara-do-reino,
bem atado à sua cintura. Ele tomava todas as precauções para não perder o
precioso canudo, pois do contrário não poderia voltar nunca mais. Mas como
em aventuras arrojadas a gente tem de contar com tudo, o Visconde sugeriu
uma idéia ditada pela prudência.
— O melhor é levarmos três canudos, um com você, outro comigo e
outro com a Emília. Desse modo ficaremos três vezes mais garantidos.
(…)
2
No terceiro dia pela manhã já tudo estava pronto para a partida.
Pedrinho deu uma pitada de pó a cada um e contou: Um… dois e … TRÊS! Na
voz de Três, todos levaram ao nariz as pitadinhas e aspiraram-nas a um tempo.
Sobreveio o fiun e pronto.
Instantes depois Pedrinho, o Visconde e Emília acordavam na Grécia
Heróica, nas proximidades da Neméia. Era para onde haviam calculado o pó,
pois a primeira façanha de Hércules ia ser a luta do herói contra o leão da lua
que havia caído lá.
O pó de pirlimpimpim causava uma total perda dos sentidos, e depois do
desmaio vinha uma tontura da qual os viajantes saíam lentamente. Quem
primeiro falou foi Emília:
— Estou começando a ver a Grécia, mas tudo muito atrapalhado
ainda… Parece que descemos num pomar…
(…)
LOBATO, M. Os Doze Trabalhos de Hércules. São Paulo: Brasiliense, 19ª edição, 1995.
Responda:
1. Localize no texto:
a) O nome das personagens que aparecem na história.
b) O local onde essas personagens estavam e o local para onde elas foram.
c) Como as personagens conseguiram chegar lá.
d) Quem elas iriam encontrar lá.
2. Quem era o principal responsável pelo pó?
3. O que aconteceria se eles perdessem o pó?
4. O que as personagens fazem para evitar perder o pó?
5. Explique o sentido do trecho:
“Mas como em aventuras arrojadas a gente tem de contar com tudo, o
Visconde sugeriu uma idéia ditada pela prudência.”
3
6. Quando uma pessoa aspirava o pó, o que sentia?
7. Qual seria a primeira aventura de Hércules que as personagens iriam
presenciar?
8. O que você acha que as personagens sentiram quando viram Hércules
lutando contra o leão?
9. Você acha que Hércules conseguiu derrotar o leão? Por quê?
10. Faça a correspondência entre as personagens e a sua principal
característica:
Pedrinho esperta, atrevida
Visconde corajoso
Emília sábio, prudente
11. Você conhece outra aventura vivida pela turma do sítio com alguma
personagem bem conhecida como Hércules?
12. Observe e marque os verbos dos trechos abaixo:
a) Pedrinho explicou ao Visconde os seus planos de nova viagem pelos tempos
heróicos da Grécia Antiga.
b) “Vamos nós três, eu, você e a Emília”.
c) O pó de pirlimpimpim era conduzido num canudinho de taquara-do-reino (...).
d) No terceiro dia pela manhã já tudo estava pronto para a partida.
e) Pedrinho deu uma pitada de pó a cada um e contou: Um… dois e … TRÊS!
f) Instantes depois Pedrinho, o Visconde e Emília acordavam na Grécia Heróica
(...).
g) O pó de pirlimpimpim causava uma total perda dos sentidos, (...).
h) Quem primeiro falou foi Emília:
i) — Estou começando a ver a Grécia, (...).
j) Parece que descemos num pomar…
4
13. Escreva os verbos que você marcou no exercício anterior no infinitivo, na
coluna correta. Veja o exemplo:
1ª conjugação (AR) 2ª conjugação (ER) 3ª conjugação (IR)
Ir
as relações entre letras e sons:
1)Ajude as crianças a reconhecerem diferenças de uma única letra que criam diferenças de som e de sentido:
lobo-bobo medo-dedo tiro-tipo coco-coca
faca-vaca menino-menina pato-pata
mel-fel pata-lata mata-mapa
2)Mostrar palavras que se escrevem e se lêem do mesmo modo mas têm sentidos diferentes, dependendo da frase em que se encontram: manga, casa, pé, etc.
3)Apresente as palavras próximas umas embaixo das outras e destaque as partes iguais:
chapeuzinho netinho mata bobo chá
charuto cestinho mala cabo fechado
chata ninho cama lobo fechadura
uma bucha
4)Ensine as crianças a recitar ou a cantar versinhos ou quadrinhas, falando mais alto as palavras que rimam, podem bater palmas quando elas aparecerem.
5)Organizar listas, cartazes ou livrinhos de palavras com a mesma letra ou sílaba inicial.
6)Aproveite situações do dia-a-dia da criança e sugira à ela que crie seus próprios textos músicas, histórias, notícias etc, que sejam de seu interesse.
7)Proponha que descubram uma palavra "escondida" ou contida dentro da outra.
Exemplos:
Qual é a palavra que está "escondida" em todas as palavras abaixo?
barba - acabar - barbado
Resposta: BAR
E nestas outras?
mar - martelo - marmelo - amar - remar - somar - Marcelo
Resposta: MAR
As crianças estarão lendo quando forem capazes de perceber como as letras funcionam para representar os sons da língua e ao mesmo tempo possam entender o que estão lendo.
Lembro que o processo de Alfabetização, deve caminhar de maneira natural, significativo e gradativamente na direção do conhecimento de palavras, sílabas, letras e regras ortográficas.
A leitura inicial deverá ser interessante e prazerosa, para que não ocorra o risco de as crianças acharem que a leitura não serve para nada.
Toda criança deve entender que a leitura e a escrita têm uma função social.
Atividade complementar / Língua Portuguesa
2º ano (1ª série) – 1º bimestre
1. O Cebolinha, personagem da Turma da Mônica, não pronuncia corretamente.
a letra R. Ele fala “elado”, ou seja, errado.
Leia a tirinha abaixo e reescreva corretamente as palavras, trocando o L pelo R ou pelo RR:
Atividade complementar / Língua Portuguesa
3º ano (2ª série) – 1º bimestre
1. Você conhece o personagem Pequeno Polegar? Se não conhece, como
você imagina que ele é?
O conto que você vai ler é da tradição japonesa e conta a história de um
menino muito parecido com o do conto do Pequeno Polegar. Seu nome é
Pequetito.
Pensando nisso, por que você acha que ele tem esse nome?
Qual será a principal semelhança entre esses contos? Troque idéias com seus
colegas e depois leia o conto.
Pequetito
Era uma vez um casal que só depois de muito esperar e pedir aos
deuses conseguiu ter um filho. O menino nasceu com saúde e era bem bonito,
mas nunca cresceu, e por isso recebeu o nome de Pequetito.
Quando chegou a hora de mandá-lo conhecer o mundo, seus pais lhe
deram uma agulha para servir de espada, uma cuia de comer arroz para ser
seu barco e um par de palitos para fazer as vezes de remos.
Assim equipado, Pequetito partiu, navegando até a capital, Quioto, onde
foi ter ao casarão de uma família que se encantou com ele e o convidou para
morar ali.
Um dia Pequetito viajou com a filha de seus anfitriões, uma linda jovem
que gostava muito dele. No caminho um ogro os atacou, dizendo que queria
raptar a moça. “Primeiro vai ter que lutar comigo!”, o corajoso rapaz exclamou,
brandindo a agulha.
O ogro riu, agarrou-o e sem perda de tempo o engoliu.
2
Lá no estômago do ogro, Pequetito o espetou tanto com sua agulha que
o malvado papão o cuspiu fora. Assim que se viu livre., o moço lhe furou os
olhos com a agulha. O ogro gritou de dor e correu, deixando cair um pequeno
objeto de metal. “É um martelo mágico que realiza desejos”, a jovem explicou.
“Então me dê uma martelada, para ver se me faz crescer”, o rapaz falou. A filha
de seus anfitriões lhe martelou a cabeça com toda a força…e Pequetito se
transformou num samurai alto e garboso, com quem ela logo se casou.
PHILIP, N. Volta ao mundo em 52 histórias. São Paulo: Companhia das Letrinhas, p. 24.
Responda:
1. Por que o menino recebeu o nome de Pequetito?
2. Quais são os presentes que seus pais deram a Pequetito quando ele saiu de
casa?
3. Quando Pequetito decide ir para Quioto, ele fica hospedado “no casarão de
uma família que se encantou com ele”. Nesse trecho, se encantar tem o
mesmo sentido de:
( ) Ficar enfeitiçada por magia.
( ) Achar lindo, gostar muito.
( ) Cantar junto com ele.
4. Qual é o principal conflito dessa história?
5. Quais são os outros conflitos dessa história?
( ) Pequetito ser muito pequeno.
( ) Pequetito ir para uma casa em que todos ficam encantados com ele.
( ) Pequetito se apaixonar pela filha dos seus anfitriões.
( ) A filha dos anfitriões dar uma martelada na cabeça dele.
6. Como Pequetito conseguiu derrotar o ogro?
7. Qual é o elemento mágico que muda a vida de Pequetito?
3
8. Releia:
“…““…e Pequetito se transformou num samurai alto e garboso…”
Desenhe como Pequetito ficou depois de ocorrer a sua transformação
Atividade complementar / Língua Portuguesa
5º ano (4ª série) – 1º bimestre
Leia:
Monteiro Lobato estava sempre criando novas histórias. A turma do Sítio
do Pica-pau Amarelo viveu muitas aventuras com personagens famosos, tais
como: Pequeno Polegar, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Popeye,
Gato Félix, Dom Quixote e muitos outros.
Leia um trecho de uma dessas aventuras em que Pedrinho, Emília e o
Visconde vão pra a Grécia Antiga, viver uma grande aventura com Hércules,
um grande herói grego.
Para isso, utilizam o pó de pirlimpimpim. Troque idéias com seus
colegas sobre o que esse pó faz.
Preparativos
Pedrinho explicou ao Visconde os seus planos de nova viagem pelos
tempos heróicos da Grécia Antiga. “Vamos nós três, eu, você e a Emília.”
(…)
— Que quantidade de pó quer? — indagou o Visconde.
— Um canudo bem cheio.
O pó de pirlimpimpim era conduzido num canudinho de taquara-do-reino,
bem atado à sua cintura. Ele tomava todas as precauções para não perder o
precioso canudo, pois do contrário não poderia voltar nunca mais. Mas como
em aventuras arrojadas a gente tem de contar com tudo, o Visconde sugeriu
uma idéia ditada pela prudência.
— O melhor é levarmos três canudos, um com você, outro comigo e
outro com a Emília. Desse modo ficaremos três vezes mais garantidos.
(…)
2
No terceiro dia pela manhã já tudo estava pronto para a partida.
Pedrinho deu uma pitada de pó a cada um e contou: Um… dois e … TRÊS! Na
voz de Três, todos levaram ao nariz as pitadinhas e aspiraram-nas a um tempo.
Sobreveio o fiun e pronto.
Instantes depois Pedrinho, o Visconde e Emília acordavam na Grécia
Heróica, nas proximidades da Neméia. Era para onde haviam calculado o pó,
pois a primeira façanha de Hércules ia ser a luta do herói contra o leão da lua
que havia caído lá.
O pó de pirlimpimpim causava uma total perda dos sentidos, e depois do
desmaio vinha uma tontura da qual os viajantes saíam lentamente. Quem
primeiro falou foi Emília:
— Estou começando a ver a Grécia, mas tudo muito atrapalhado
ainda… Parece que descemos num pomar…
(…)
LOBATO, M. Os Doze Trabalhos de Hércules. São Paulo: Brasiliense, 19ª edição, 1995.
Responda:
1. Localize no texto:
a) O nome das personagens que aparecem na história.
b) O local onde essas personagens estavam e o local para onde elas foram.
c) Como as personagens conseguiram chegar lá.
d) Quem elas iriam encontrar lá.
2. Quem era o principal responsável pelo pó?
3. O que aconteceria se eles perdessem o pó?
4. O que as personagens fazem para evitar perder o pó?
5. Explique o sentido do trecho:
“Mas como em aventuras arrojadas a gente tem de contar com tudo, o
Visconde sugeriu uma idéia ditada pela prudência.”
3
6. Quando uma pessoa aspirava o pó, o que sentia?
7. Qual seria a primeira aventura de Hércules que as personagens iriam
presenciar?
8. O que você acha que as personagens sentiram quando viram Hércules
lutando contra o leão?
9. Você acha que Hércules conseguiu derrotar o leão? Por quê?
10. Faça a correspondência entre as personagens e a sua principal
característica:
Pedrinho esperta, atrevida
Visconde corajoso
Emília sábio, prudente
11. Você conhece outra aventura vivida pela turma do sítio com alguma
personagem bem conhecida como Hércules?
12. Observe e marque os verbos dos trechos abaixo:
a) Pedrinho explicou ao Visconde os seus planos de nova viagem pelos tempos
heróicos da Grécia Antiga.
b) “Vamos nós três, eu, você e a Emília”.
c) O pó de pirlimpimpim era conduzido num canudinho de taquara-do-reino (...).
d) No terceiro dia pela manhã já tudo estava pronto para a partida.
e) Pedrinho deu uma pitada de pó a cada um e contou: Um… dois e … TRÊS!
f) Instantes depois Pedrinho, o Visconde e Emília acordavam na Grécia Heróica
(...).
g) O pó de pirlimpimpim causava uma total perda dos sentidos, (...).
h) Quem primeiro falou foi Emília:
i) — Estou começando a ver a Grécia, (...).
j) Parece que descemos num pomar…
4
13. Escreva os verbos que você marcou no exercício anterior no infinitivo, na
coluna correta. Veja o exemplo:
1ª conjugação (AR) 2ª conjugação (ER) 3ª conjugação (IR)
Ir
sexta-feira, 10 de abril de 2009
PROJETO EU SOU CIDADÃO
Projeto Eu sou Cidadão - amigos da leitura. Projeto criado pela APDMCE (Associação das Primeiras-Damas dos Municípios do Ceará) e continuará mantido município em nosso município pela Prefeitura Municipal através das Secretarias de Educação e Ação Social. É o seguinte: em cada município, foram escolhidas algumas escolas públicas. Nas escolas da sede e algumas da Ribeira serão selecionados alguns estudantes (aqueles que demonstraram maior amor e dedicação aos livros). A cada quatro meses, os organizadores escolhem um assunto e a Fundação Demócrito Rocha edita um livro, abordando temas sérios de maneira educativa e divertida. Aí, coordenadores e estudantes, os amigos da leitura, lêem o livro, discutem sobre o assunto e criam atividades para ensinar o que aprenderam para outros jovens e crianças. Tem peça de teatro, programa de rádio(Programa Comunicação e Arte), mini-biblioteca, danças, contação de histórias, campanhas socioeducativas, passeatas, empréstimo de livros, exposições literárias, informática, e mais um monte de coisas que esse pessoal inventa, usando os livros como ponto de partida. Os temas são sempre assuntos sérios, que estimulam a cidadania e falam sobre direitos e deveres das Crianças e Adolescentes. Implantaremos em cada escola da Zona Rural o monitor de sala de leitura, são alunos participantes com faixa etária de 9 a 16 anos que apresentam competências de monitor e pela distância não poderão ter encontros fixos na sede deste município, mas não ficaram fora do projeto. No município de Palhano o Projeto Eu sou Cidadão desenvolverá um trabalho educativo, social e cultural.
A coleção EU SOU CIDADÃO é composta de 12 livros que a Fundação Demócrito Rocha em Fortaleza vai lançar, exclusivamente para o Projeto Eu sou Cidadão. Financiado pelo Banco do Nordeste. Já foram lançados dez:
1º àMarias e Fulaninhos (Aborda a Violência Doméstica).
2ºàA História Inacabada de Maria Rapunzel (Cárcere Privado)
3ºàTelma e Heloísa. (Gravidez na Adolescência).
4ºàVendo o Mundo de Ponta-Cabeça (Trata da Questão de gênero)
5ºàVó tem Cada Uma! (Estatuto do Idoso)
6ºàVocê Viu a Rosinha? (Trabalho Infantil)
7ºàUm Pequeno Gesto (Preservação do Patrimônio Público)
8ºàUma História Diferente (Convivência com as Diferenças)
9ºàA Bola da Vez (Esporte e Cidadania)
10ºàO Mistério da Professora Julieta (“que despertará muitas professoras Julietas)
2008/2009 “Projeto Eu sou Cidadão em Sintonia com a Cidadania”(RESGATE ÀS RADIONOVELAS).
A coleção EU SOU CIDADÃO é composta de 12 livros que a Fundação Demócrito Rocha em Fortaleza vai lançar, exclusivamente para o Projeto Eu sou Cidadão. Financiado pelo Banco do Nordeste. Já foram lançados dez:
1º àMarias e Fulaninhos (Aborda a Violência Doméstica).
2ºàA História Inacabada de Maria Rapunzel (Cárcere Privado)
3ºàTelma e Heloísa. (Gravidez na Adolescência).
4ºàVendo o Mundo de Ponta-Cabeça (Trata da Questão de gênero)
5ºàVó tem Cada Uma! (Estatuto do Idoso)
6ºàVocê Viu a Rosinha? (Trabalho Infantil)
7ºàUm Pequeno Gesto (Preservação do Patrimônio Público)
8ºàUma História Diferente (Convivência com as Diferenças)
9ºàA Bola da Vez (Esporte e Cidadania)
10ºàO Mistério da Professora Julieta (“que despertará muitas professoras Julietas)
2008/2009 “Projeto Eu sou Cidadão em Sintonia com a Cidadania”(RESGATE ÀS RADIONOVELAS).
terça-feira, 31 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
Leiam.....
4.3. Exemplo de Atividades de Leitura e Escrita na Pré-Escola
________________________________________
A pré-escola procura proporcionar momentos constantes de contato prazeroso com a leitura-escrita, mediante de leitura de histórias, contos de fada, gibis e livros infantis, bem como, leitura e escrita de bilhetes, cartas, exposição dos nomes próprios, relatos de final de semana, registros de aulas de educação física, de passeios, músicas infantis e receitas.
Com o objetivo de expor as crianças à leitura e a escrita são desenvolvidas diversas atividades, algumas das quais serão descritas abaixo:
Contando Histórias
Os contos de fadas e histórias em geral são introduzidos desde que as crianças entram na pré escola e, como acontece também com as crianças ouvintes (Perroni, 1992), as histórias são contadas várias vezes, até que, valendo-se das perguntas do adulto, em um primeiro momento, as crianças comecem a relatá-las. Nota-se que depois de algum tempo, as crianças se apropriam do papel de “leitores”, olhando as letras e "lendo" as figuras para os colegas de classe.
Depois que as crianças demonstram já conhecer uma história, dramatizam-na, escolhendo os papéis. Desde cedo são incentivadas a registrar algum aspecto da história. Inicialmente tal registro se dá por intermédio de desenhos e nas classes mais avançadas, pela da escrita.
Percebe-se que, como na criança ouvinte, no início os desenhos são basicamente constituídos de garatujas sem significado consistente. Aos poucos vão tomando forma e significado, até que os alunos passam a fazer uma previsão do que será desenhado. Depois de algum tempo as formas vão se aproximando do real e podem até ser reconhecidas mesmo fora do contexto.
Adivinha quem é
Fazem-se tiras de cartolina com os nomes das crianças e dos profissionais que atendem à classe, as quais são colocadas num saco. O professor sorteia um nome e as crianças adivinham de quem é. Após algum tempo de trabalho, quando a classe já se constituiu como grupo, dão-se pistas de quem é aquele nome: "É uma menina. Tem cabelo loiro. Está de tênis preto. Está de rabo de cavalo", etc. À medida que as crianças vão conseguindo identificar o portador das características apontadas pelo professor, as pistas vão se tornando menos óbvias. Esta atividade pode ser utilizada para identificar objetos de diferentes categorias semânticas, assim como animais. É possível, também, introduzir a identificação de pessoas e objetos usando a negação, o que possibilita o trabalho com eliminação de variáveis. Ex.: "Não é menina. Não tem cabelo preto." Uma outra possibilidade é as crianças assumirem o papel, antes desempenhado pelo adulto, de apresentar as características das pessoas e objetos para que sejam identificados pelos colegas.
Montando os Nomes
São colocadas duas tiras de cartolina com o nome na carteira da criança. Na frente delas corta-se uma das tiras, dividindo o nome em partes (duas ou três). No início mantém-se o modelo na mesa e a criança é solicitada a montar apenas o seu nome. Num próximo passo, ela trocará de lugar e montará também os nomes dos colegas. Passado algum tempo de trabalho e, se as crianças tiverem condições, retira-se o modelo da mesa. Se demonstrarem dificuldade ou solicitarem modelo, deverão recorrer à lousa onde sempre haverá o modelo. Após a montagem dos nomes, as crianças colam, numa folha de sulfite, a sua produção.
Registro dos Nomes das Crianças
Escrevem-se os nomes juntamente com as crianças na folha de papel que será utilizada para a produção e, em seguida, ela é entregue para o seu dono. Num momento posterior, antes da entrega das folhas, aproveita-se para estimular os alunos a fazerem o reconhecimento e identificação dos nomes dos colegas. Esta atividade permite muitas variações, como solicitar a uma criança que faça a distribuição das folhas; usar pistas de adivinhação, etc.... O mesmo pode ser feito com as pastas, objetos pessoais, etc...Posteriormente pode-se pedir às crianças que, além de identificarem, escrevam tanto o seu nome como os dos amigos. Quando as crianças já reconhecem os nomes, começa-se a estimulá-las à escrita dos mesmos.
Nessa fase de aprendizado, utiliza-se jogos mais elaborados e estruturados, como por exemplo;
- jogo da forca;
-descobrir quais letras faltam no nome dos amigos;
- perceber entre dois nomes selecionados suas semelhanças ou os critérios que foram utilizados para a seleção (quantidade de letras, letras semelhantes iniciais ou finais);
- bingo de nomes;
- letras misturadas para formar os nomes, etc...
Calendário
Todos os dias tiras de cartolina com os nomes dos alunos são colocados na lousa, dividida em quem veio e quem faltou à escola. Cada criança sorteia um nome, identifica de quem é, e o entrega ao colega que deve colar a tira com seu nome na lousa. Esta atividade tem variações, como colar a tira, mesmo que seja o nome do colega, após identificá-lo. O professor vai fazendo perguntas, como: "quem veio ou faltou na escola hoje?" e as crianças ou falam o nome, ou o procuram em meio às tiras de papel e, após o localizarem, colam a tira na lousa.
Uma outra possibilidade é combinar esta atividade com a “Adivinha quem é?”. O professor sorteia um nome e a criança cujo nome foi sorteado escolhe uma cor de giz e “escreve” seu nome na lousa, próximo à tira onde o mesmo está escrito. Para se expor à noção de tempo, inicialmente o professor vai introduzindo os conceitos oralmente e posteriormente através da escrita por meio de expressões como: ontem foi ...; hoje é ....; amanhã vai ser.... Nas salas de pré-escola, há uma expansão dos conceitos, introduzindo-se os dias da semana e os meses dos ano. Os materiais utilizados para o desenvolvimento do calendário são diversificados, podendo-se utilizar desde os calendários convencionais, até outros, feitos pelo professor e pelas crianças, variando- se a forma e o uso de acordo com a criatividade do professor. Pode-se introduzir no calendário as atividades que serão desenvolvidas durante aquele dia e na semana. Esta atividade, por ser repetitiva, pode ser aproveitada para se introduzir a exposição a outro tipo de letra, como a cursiva. Observa-se que é nessa atividade que as crianças tentam primeiramente substituir a letra de forma pela cursiva.
Correspondência entre Escrita e Objetos
Num primeiro momento as mesas e cadeiras são etiquetadas com os nomes das crianças, escritos pelo professor juntamente com a criança na cor escolhida por ela. Reconhecendo e identificando seu nome, a criança localizará sua cadeira e mesa, num primeiro momento com a ajuda do professor e depois de algum tempo de trabalho, sozinha. Posteriormente espera-se que ela seja capaz de fazer o mesmo com os objetos dos colegas. Não há um momento específico para esta atividade. Aproveitamos para fazê-la, quando vamos usar as mesas e cadeiras para comer, desenhar, etc...
Álbum de Fotos
Solicitam-se fotos de todas as crianças e profissionais que atendem à classe, tira-se xerox das mesmas, de modo que cada um tenha a sua cópia. Com as fotos trabalham-se os nomes e também estruturas frasais simples, do tipo: "Este é meu amigo Tarcísio". As estruturas são escritas junto com as crianças em folhas de sulfite, para montar um livrinho, de modo que cada um tenha sua cópia. Pode-se montar o livrinho também no caderno de desenho. Nas classes de pré-escola as fotos passam a ter uma conotação documentária.
Caixa de Fósforos com Fotos, Contendo Letras do Nome
Esta atividade combina o reconhecimento de fotos e a montagem dos nomes, e é proposta somente quando os alunos já reconhecem todas as letras de todos os nomes. Inicialmente dá-se uma tira de papel para o aluno, na qual as letras de seu nome estão separadas, cada uma em um quadradinho. A criança recorta todas as letras, que, depois são colocadas dentro de uma caixa de fósforo com a sua foto colada do lado de fora. Esta caixa vai circulando entre todos os alunos, que tirarão as letras de dentro e tentarão montar os nomes, primeiramente com e mais tarde sem o modelo. Uma variação desta atividade é entregar às crianças envelopes contendo letras para que elas montem os nomes, sem o apoio das fotos.
Cantinhos
Esta atividade consiste em colocar em cada canto da sala diferentes tipos de estímulos, como: lápis e papel, jogos de montagem e encaixe, objetos que desenvolvam o jogo simbólico e livros infantis. No início, as crianças geralmente optam pelos jogos, ficando, como últimas opções de exploração, os cantos com livros e os com lápis e papel. No decorrer do semestre, estes cantos passam a despertar mais o interesse das crianças, que ao explorá-los, localizam letras de seu nome e dos colegas nos livros e contam as histórias aos colegas.
Relatos de Final de Semana
Usa-se caderneta de comunicação diária com os pais, onde geralmente são registrados pelas mães, entre outras coisas, o final de semana. É pedido às mães que escrevam o relato junto com a criança. Assim, na segunda-feira, após a atividade de calendário, o professor e as crianças sentam no chão em roda, e elas contam como foi o fim de semana. Muitas vezes as crianças não conseguem contar o que fizeram, principalmente no início do trabalho. Quando isto acontece, o professor lê junto com elas o que a mãe escreveu. Depois que todos fizeram seu relato, sentam nas cadeiras e cada criança conta o que foi mais significativo para ela. O professor elabora uma frase com a produção oral ou sinalizada da criança e a escreve na parte inferior da folha; lê o que escreveu e entrega para a criança desenhar. Passado algum tempo de trabalho o professor, após escrever nas folhas as produções das crianças, sempre em forma de frases ou de pequenos relatos, mostra as folhas para as crianças e todos juntos fazem a leitura de todas as produções. Em seguida entrega-as para seus autores. A entrega se dá da seguinte forma: o professor lê uma das folhas, sem falar o nome da criança, ex: "Foi ao cinema com a mamãe e o papai". Então todos tentam adivinhar quem é o autor daquele relato. A seguir as crianças fazem o relato partindo do desenho, na folha escrita. Nos outros dias da semana, após o calendário, é feita a leitura do conteúdo de cada caderneta para a classe. A seguir os bilhetes são respondidos por escrito pelo professor, sendo a resposta lida a seguir para as crianças. Outra possibilidade é enviar para a casa das crianças folhas onde estão escritos os dias correspondentes ao final da semana (sábado e domingo) para que seja feito, juntamente com a família, o registro das atividades realizadas pela criança. Este registro pode ser feito usando-se desenhos, colagem de ingressos, figuras correspondentes a filmes assistidos, e mais tarde pela escrita.
É servindo-se desses pequenos relatos de finais de semana que as crianças começam a identificar e "ler" suas frases e as dos seus amigos. Elas iniciam a "leitura" de todos os elementos das frases (artigos, verbos, preposições etc ...) oralmente ou usando sinais. A partir daí, o contexto escrito começa a ser ampliado para textos de três ou quatro frases até chegar a textos mais longos e complexos.
Registros
Além do registro do relato de final de semana, trabalha-se também o registro de atividades e passeios. O professor trabalha com as crianças onde, como e quando vão, quem vai etc. Manda o bilhete para a mãe, comunicando o evento, sendo que a criança já sabe o conteúdo do bilhete. Na volta do passeio é realizada a dramatização e o registro do que aconteceu: “onde foram”, “quem foi”, “como foi”, “o que viram” etc. O registro se dá da mesma forma que os relatos de final de semana. Posteriormente, o registro passa a ser feito de duas formas: pelo professor com o grupo classe ou pelas crianças, que podem usar fotos como apoio para a sua produção. Outra possibilidade é, após a produção de um texto pelo grupo, pedir às crianças que relacionem as partes do texto às fotos correspondentes.
Receitas
O trabalho com receitas inicia-se muito antes da receita em si. Citam-se aqui os passos para o trabalho com a receita "Salada de Frutas", que serão basicamente os mesmos seguidos para outras receitas. Muitas vezes as frutas estão presentes no lanche e começam a despertar a curiosidade das crianças. Elas percebem as igualdades, as diferenças, características próprias, etc. Assim são trazidas frutas de plástico que são exploradas, agrupadas pelas crianças com a ajuda do professor. Além de nomear, pode-se também fazer jogo de adivinhação. Por ex: "é uma fruta amarela que o macaco gosta muito de comer". Monta-se uma feirinha onde o professor assume o papel de vendedor e as crianças de compradores, posteriormente invertem-se os papéis. Sugere-se às crianças que cada uma escolha uma fruta que deverá ser trazida para a escola no dia seguinte. Cada uma desenha a fruta escolhida, que será o bilhete para a mamãe, complementado pela escrita do professor, produzida junto com a criança. No dia seguinte a salada de frutas é feita.
Cada etapa da “receita” vai sendo registrada através de fotos e/ou desenhos. Nesse registro consta desde o que cada um trouxe, passando pelo lavar, descascar, cortar, experimentar a fruta, até chegar à finalização da salada de frutas. A receita é escrita junto com as crianças para a identificação das palavras. Em seguida, monta-se um pequeno livro, ilustrado com todas as etapas do processo que foram sendo registradas durante a execução. Cada um terá a sua cópia.
Nas classes da Pré-Escola, a leitura das receitas é realizada primeiro em grupo e depois individualmente, pedindo para que elas identifiquem, na receita, a seqüência dos ingredientes .
Em outro momento cada criança recebe uma folha com a cópia da receita, em que tentará fazer uma “leitura”.
Atrelado a todo este trabalho, existe o momento do registro individual, feito em desenhos e alguma produção escrita que a criança deseje. Pode-se notar que esta escrita normalmente se fixa nos nomes dos ingredientes .
Supermercado
Solicita-se à família que mande para a escola embalagens de materiais com os quais os filhos tenham mais familiaridade, ou seja, que ela use, veja o uso, saiba para que serve, como materiais de limpeza: caixas de sabão, detergente, cera etc; materiais de higiene: embalagens de sabonete, pasta de dente, escova de dente, shampoo, desodorante, perfume, etc.; alimentos: latas de achocolatado , leite, aveia, recipiente de danone, yakult, farinhas, gelatinas, etc.; remédios, etc.
Quando o material chega, o professor explora, com as crianças, o nome, para que serve, onde se compra, entre outras coisas. Geralmente a maioria conhece e ajuda a explicar o que é, para que serve, etc. Depois do material todo explorado e reconhecido, todos ajudam a arrumar o supermercado, separando as sessões. No supermercado, alguns alunos são os “compradores”, outros os “caixas” e “empacotadores” para dar inicio a uma dramatização, em que os papéis são rodiziados. Os compradores levam as compras "para casa", dramatizam o uso do produto e tornam a guardá-los, classificando-os pelo uso. Nestes momentos as crianças são incentivadas a localizar no rótulo da embalagem os nomes dos produtos e, muitas vezes, espontaneamente, localizam também as letras de seu nome e dos colegas.
Depois de bastante explorados, os materiais são utilizados nas atividades de "artes", criando carrinhos de caixas de sabão, aviões da pastas de dente, etc.
Música
O trabalho com músicas infantis traz muito prazer para as crianças. Elas gostam muito de “cantá-las”, utilizando a “fala” e os “sinais”. Depois de dramatizadas e muito cantadas, as músicas são escritas na lousa ou em folhas de cartolina.
Nessas exposições as crianças, muitas vezes, reconhecem e identificam as letras de seu nome e dos colegas, bem como algumas palavras que se repetem.
Nas classes de pré, provavelmente por "cantarem" várias vezes, acompanhando a escrita da música, as crianças memorizam as músicas com maior facilidade . Assim, na escrita individual da música que está sendo trabalhada, observa-se uma melhor organização frasal e uma maior aproximação da escrita a sua forma convencional sem a assistência do adulto. Além disso, nota-se que, neste tipo de escrita, os alunos mantêm uma escrita para determinada palavra, repetindo-a da mesma forma escrita anteriormente. Exemplo:
PIULO DE BAE BAE
(pirulito que bate bate)
PIULO DE JANA BAU
( pirulito que já bateu)
QE GOIA DE IE È ELA
(quem gosta de mim é ela)
QE GOIA ELA SOU EU
(quem gosta dela sou eu) (G. - 7;0)
Em relação ao desenvolvimento da escrita pelas crianças na primeira fase da pré-escola (4 anos), nota-se, no decorrer do trabalho, que, geralmente no segundo semestre, elas já são capazes de, além de identificar e reconhecer os nomes de todos da classe, identificam também as letras de seu nome e dos colegas em outros materiais escritos, como livros, revistas, jornais, embalagens, letras de músicas, receitas etc. Começam a ensaiar uma escrita do nome em suas produções, no início em forma de garatujas, diferentes daquelas usadas para desenhar, como minhoquinhas, pontinhos, bolinhas. É possível perceber que no início algumas crianças “escrevem” em suas produções o seu nome ao lado da figura que fazem de si mesmos, usando, muitas vezes, a mesma cor que escolherão para nomear seus pertences.
Nessa mesma época, a maioria já usa pseudo-letras que vão se intensificando e dão lugar, então, às primeiras letras. De modo geral, usam a letra inicial de seu nome e a repetem para “completar” a escrita do mesmo. Posteriormente, vão acrescentando letras, até chegar à escrita de todas, ou quase todas as letras de seu nome, o que acontece mais no final do ano. Na segunda fase da pré-escola (5 anos), as crianças já conseguem escrever espontaneamente seu próprio nome e identificam os nomes dos colegas e da professora.
É interessante observar que, através desta exposição constante à escrita, as crianças, quando chegam à terceira fase da Pré-Escola (6 anos), estão mais interessadas em saber o que está escrito em um determinado material ou como se escreve uma determinada palavra. Fazem tentativas de escrever várias palavras, utilizando primeiramente as letras dos seus próprios nomes para nomear os objetos e não aceitam pseudo letras como resultado. Os alunos que ainda se encontram nesta fase são estimulados pelos próprios colegas, usando modelos, a tentarem escrever com as letras do alfabeto (de forma).
Os alunos são capazes de identificar nomes de objetos que aparecem com mais freqüência nas histórias ou exercícios propostos. Quando se trabalha com a escrita, por meio da leitura orofacial ou da memorização das palavras (como no jogo da memória), conseguem encontrar os pares.
Depois de, em média, dois anos de trabalho com a escrita, já começam a produzir pequenos relatos, como se pode observar no exemplo:
A MAMAGMA $ORO AO PAO E AFO
(a mamãe comprou copo prato e garfo ) (F. - 5;0)
No exemplo, a criança transpõe para a escrita informações já incorporadas, como o nome de sua mãe (Magna) e o símbolo do $, que ela usa antes da palavra comprou. A exploração do contexto visual é uma característica na escrita de crianças surdas, como aponta Cruz (op. cit.).
Além do trabalho com diferentes materiais escritos, como receitas, músicas, histórias infantis, gibis, etc., são acrescentadas a produção de escrita pelas crianças e a leitura.
Trabalho com Textos
Na terceira fase da pré-escola é dada muita ênfase à elaboração de textos, visando, principalmente, um contato mais estreito da criança com a escrita dentro de um contexto significativo. Inicialmente são produzidos pequenos textos de três ou quatro frases, escritas pelo professor, com base no relato da criança sobre fatos por ela presenciados, passeios, finais de semana, por exemplo. Aos poucos a quantidade de informação escrita vai sendo ampliada de acordo com o interesse e o desenvolvimento do grupo.
São feitos vários tipos de textos, como relatos, histórias criadas pelas próprias crianças ou de livros, receitas diversas, músicas, pesquisas, etc.
Os relatos baseiam-se em fatos ocorridos com as próprias crianças (por exemplo: relato de férias, finais de semana etc...) ou passeios feitos pelo grupo. Utilizando perguntas, a professora vai montando as estruturas frasais, escrevendo na lousa, e organizando tudo em forma de texto.
Esta escrita espontânea pode ser feita de duas formas :
- o professor organiza a idéia da criança em uma estrutura frasal e dá o modelo articulatório valendo-se de todas as pistas (auditiva , visual , tátil - cinestésica , gestual e alfabeto datilológico) para que a criança escreva, por exemplo:
EU FOINA FAIA DA VOVO
(Eu fui na fazenda da vovó)
EU FOINA IEA CO MO PAI
(Eu fui na piscina com meu pai) (K. - 6;0)
- a criança escreve livremente sem nenhuma interferência do adulto. Desta forma aparece mais claramente a transferência para o papel daquilo que lhe é mais significativo e as palavras com as quais mais intimamente se identificam. Exemplo:
O MERIE VAI FAIE CÉA CAHEUO MERIE
( O menino vai olha céu começou chuva menino) ( K. - 6;0)
Como se pode observar nos exemplos, com a ajuda do adulto dando várias pistas, percebemos que a produção das crianças revelam maior conhecimento da escrita e da estrutura da língua. Já na escrita elaborada individualmente, sem qualquer ajuda, percebemos um grau maior de dificuldade.
Quando as atividades são vivenciadas pelo grupo, o momento do relato é mais rico, pois cada criança contribui com informações e impressões pessoais. Em situações vivenciadas fora do ambiente escolar os relatos individuais são mais simples, sendo que o aluno necessita da interferência do adulto para torná-los mais ricos . Com o grupo que está na ultima fase da pré-escola (6 anos) o relato adquire maior riqueza de detalhes e com seqüência de fatos. No entanto, para transpor esses relatos para a escrita, ainda necessitam da ajuda direta do adulto para organizar a estrutura frasal.
Observa-se que, registrando o que a criança vivenciou e respeitando seu interesse, os textos carregam um maior significado para seus autores. Dessa forma, são fáceis de serem entendidos, possibilitando a ocorrência de uma " leitura" antecipada. As crianças começam a transferir o uso de palavras para outros contextos . Esse trabalho estimula a criança a fazer sua própria leitura, fazendo com que elas se sintam mais capazes.
Leitura
Na leitura, todas as palavras podem ser sinalizadas e podem também ser utilizados o alfabeto digital para artigos, nomes próprios, e para algumas preposições e advérbios . Algumas preposições têm seus próprios sinais (para , com, etc ...) e são reconhecidas pelas crianças na escrita (facilitando a sua utilização na fala). Nota-se que com isso elas apresentam maior facilidade para reconhecer frases e palavras isoladas do texto.
Um fato bastante comum no desenvolvimento da "leitura" é uma sensível melhora na articulação das palavras mesmo pelas crianças com dificuldades. Elas parecem prestar mais atenção na sua articulação e na do outro, o que resulta numa fala mais inteligível. O uso da leitura orofacial como pista na busca da relação fonema-grafema também foi observado por Cruz (op. cit.). Ainda segundo Cruz, à medida que confrontam suas escritas com as informações que o meio lhes proporciona, as crianças buscam uma adequação maior na relação escrita/sonoridade. Quando se nota tal preocupação nos alunos, procura-se fazer com que busquem a forma convencional dos vocábulos, como ilustra o exemplo abaixo.
O professor pergunta à classe:
- Como eu posso escrever a palavra " bola" ?
Se as crianças responderem com a letra "O", tenta-se fazê-las pensar sobre o que vem junto com a letra "O", e juntos conseguimos chegar à escrita convencional, dando a pista auditiva, da leitura orofacial e do alfabeto digital.
Este tipo de intervenção acarreta um envolvimento muito grande dos alunos, tornando-os mais atentos à relação fala x escrita, estimulando-os na busca da escrita convencional.
Nota-se também que nesse momento existe uma troca muito grande entre as crianças: aquela que percebe mais a relação fala x escrita acaba dando a pista para os colegas, fazendo com que as que não estão no mesmo nível sejam beneficiadas.
Embora a alfabetização formal se dê somente no Ensino Fundamental (primeiro grau), o trabalho tem início desde a primeira etapa da pré-escola com o objetivo de expor as crianças a uma escrita diversificada, envolvendo diferentes tipos de textos.
Procura-se usar estes textos nas mais variadas situações escolares e sociais, propiciando uma visão mais ampla da escrita: ela não se restringe somente ao ambiente escolar, passando a ter um significado mais amplo e dinâmico. A criança tem oportunidades de vivenciar o uso da escrita em diferentes contextos, percebendo sua utilização e significado para a vida.
Esta maneira de ver a alfabetização, em que a criança pode escrever de forma criativa e espontânea, reflete uma crença na necessidade da escola e do professor assumirem uma nova postura em relação a todo o processo.
Embora não seja objetivo que os alunos saiam alfabetizados da pré-escola, observa-se que muitos já começam a produzir seus primeiros textos, ainda que com a ajuda do professor, contribuindo para que a criança surda seja vista como escritor e leitor capaz de entender e se expressar.
Luzia Joelma
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A pré-escola procura proporcionar momentos constantes de contato prazeroso com a leitura-escrita, mediante de leitura de histórias, contos de fada, gibis e livros infantis, bem como, leitura e escrita de bilhetes, cartas, exposição dos nomes próprios, relatos de final de semana, registros de aulas de educação física, de passeios, músicas infantis e receitas.
Com o objetivo de expor as crianças à leitura e a escrita são desenvolvidas diversas atividades, algumas das quais serão descritas abaixo:
Contando Histórias
Os contos de fadas e histórias em geral são introduzidos desde que as crianças entram na pré escola e, como acontece também com as crianças ouvintes (Perroni, 1992), as histórias são contadas várias vezes, até que, valendo-se das perguntas do adulto, em um primeiro momento, as crianças comecem a relatá-las. Nota-se que depois de algum tempo, as crianças se apropriam do papel de “leitores”, olhando as letras e "lendo" as figuras para os colegas de classe.
Depois que as crianças demonstram já conhecer uma história, dramatizam-na, escolhendo os papéis. Desde cedo são incentivadas a registrar algum aspecto da história. Inicialmente tal registro se dá por intermédio de desenhos e nas classes mais avançadas, pela da escrita.
Percebe-se que, como na criança ouvinte, no início os desenhos são basicamente constituídos de garatujas sem significado consistente. Aos poucos vão tomando forma e significado, até que os alunos passam a fazer uma previsão do que será desenhado. Depois de algum tempo as formas vão se aproximando do real e podem até ser reconhecidas mesmo fora do contexto.
Adivinha quem é
Fazem-se tiras de cartolina com os nomes das crianças e dos profissionais que atendem à classe, as quais são colocadas num saco. O professor sorteia um nome e as crianças adivinham de quem é. Após algum tempo de trabalho, quando a classe já se constituiu como grupo, dão-se pistas de quem é aquele nome: "É uma menina. Tem cabelo loiro. Está de tênis preto. Está de rabo de cavalo", etc. À medida que as crianças vão conseguindo identificar o portador das características apontadas pelo professor, as pistas vão se tornando menos óbvias. Esta atividade pode ser utilizada para identificar objetos de diferentes categorias semânticas, assim como animais. É possível, também, introduzir a identificação de pessoas e objetos usando a negação, o que possibilita o trabalho com eliminação de variáveis. Ex.: "Não é menina. Não tem cabelo preto." Uma outra possibilidade é as crianças assumirem o papel, antes desempenhado pelo adulto, de apresentar as características das pessoas e objetos para que sejam identificados pelos colegas.
Montando os Nomes
São colocadas duas tiras de cartolina com o nome na carteira da criança. Na frente delas corta-se uma das tiras, dividindo o nome em partes (duas ou três). No início mantém-se o modelo na mesa e a criança é solicitada a montar apenas o seu nome. Num próximo passo, ela trocará de lugar e montará também os nomes dos colegas. Passado algum tempo de trabalho e, se as crianças tiverem condições, retira-se o modelo da mesa. Se demonstrarem dificuldade ou solicitarem modelo, deverão recorrer à lousa onde sempre haverá o modelo. Após a montagem dos nomes, as crianças colam, numa folha de sulfite, a sua produção.
Registro dos Nomes das Crianças
Escrevem-se os nomes juntamente com as crianças na folha de papel que será utilizada para a produção e, em seguida, ela é entregue para o seu dono. Num momento posterior, antes da entrega das folhas, aproveita-se para estimular os alunos a fazerem o reconhecimento e identificação dos nomes dos colegas. Esta atividade permite muitas variações, como solicitar a uma criança que faça a distribuição das folhas; usar pistas de adivinhação, etc.... O mesmo pode ser feito com as pastas, objetos pessoais, etc...Posteriormente pode-se pedir às crianças que, além de identificarem, escrevam tanto o seu nome como os dos amigos. Quando as crianças já reconhecem os nomes, começa-se a estimulá-las à escrita dos mesmos.
Nessa fase de aprendizado, utiliza-se jogos mais elaborados e estruturados, como por exemplo;
- jogo da forca;
-descobrir quais letras faltam no nome dos amigos;
- perceber entre dois nomes selecionados suas semelhanças ou os critérios que foram utilizados para a seleção (quantidade de letras, letras semelhantes iniciais ou finais);
- bingo de nomes;
- letras misturadas para formar os nomes, etc...
Calendário
Todos os dias tiras de cartolina com os nomes dos alunos são colocados na lousa, dividida em quem veio e quem faltou à escola. Cada criança sorteia um nome, identifica de quem é, e o entrega ao colega que deve colar a tira com seu nome na lousa. Esta atividade tem variações, como colar a tira, mesmo que seja o nome do colega, após identificá-lo. O professor vai fazendo perguntas, como: "quem veio ou faltou na escola hoje?" e as crianças ou falam o nome, ou o procuram em meio às tiras de papel e, após o localizarem, colam a tira na lousa.
Uma outra possibilidade é combinar esta atividade com a “Adivinha quem é?”. O professor sorteia um nome e a criança cujo nome foi sorteado escolhe uma cor de giz e “escreve” seu nome na lousa, próximo à tira onde o mesmo está escrito. Para se expor à noção de tempo, inicialmente o professor vai introduzindo os conceitos oralmente e posteriormente através da escrita por meio de expressões como: ontem foi ...; hoje é ....; amanhã vai ser.... Nas salas de pré-escola, há uma expansão dos conceitos, introduzindo-se os dias da semana e os meses dos ano. Os materiais utilizados para o desenvolvimento do calendário são diversificados, podendo-se utilizar desde os calendários convencionais, até outros, feitos pelo professor e pelas crianças, variando- se a forma e o uso de acordo com a criatividade do professor. Pode-se introduzir no calendário as atividades que serão desenvolvidas durante aquele dia e na semana. Esta atividade, por ser repetitiva, pode ser aproveitada para se introduzir a exposição a outro tipo de letra, como a cursiva. Observa-se que é nessa atividade que as crianças tentam primeiramente substituir a letra de forma pela cursiva.
Correspondência entre Escrita e Objetos
Num primeiro momento as mesas e cadeiras são etiquetadas com os nomes das crianças, escritos pelo professor juntamente com a criança na cor escolhida por ela. Reconhecendo e identificando seu nome, a criança localizará sua cadeira e mesa, num primeiro momento com a ajuda do professor e depois de algum tempo de trabalho, sozinha. Posteriormente espera-se que ela seja capaz de fazer o mesmo com os objetos dos colegas. Não há um momento específico para esta atividade. Aproveitamos para fazê-la, quando vamos usar as mesas e cadeiras para comer, desenhar, etc...
Álbum de Fotos
Solicitam-se fotos de todas as crianças e profissionais que atendem à classe, tira-se xerox das mesmas, de modo que cada um tenha a sua cópia. Com as fotos trabalham-se os nomes e também estruturas frasais simples, do tipo: "Este é meu amigo Tarcísio". As estruturas são escritas junto com as crianças em folhas de sulfite, para montar um livrinho, de modo que cada um tenha sua cópia. Pode-se montar o livrinho também no caderno de desenho. Nas classes de pré-escola as fotos passam a ter uma conotação documentária.
Caixa de Fósforos com Fotos, Contendo Letras do Nome
Esta atividade combina o reconhecimento de fotos e a montagem dos nomes, e é proposta somente quando os alunos já reconhecem todas as letras de todos os nomes. Inicialmente dá-se uma tira de papel para o aluno, na qual as letras de seu nome estão separadas, cada uma em um quadradinho. A criança recorta todas as letras, que, depois são colocadas dentro de uma caixa de fósforo com a sua foto colada do lado de fora. Esta caixa vai circulando entre todos os alunos, que tirarão as letras de dentro e tentarão montar os nomes, primeiramente com e mais tarde sem o modelo. Uma variação desta atividade é entregar às crianças envelopes contendo letras para que elas montem os nomes, sem o apoio das fotos.
Cantinhos
Esta atividade consiste em colocar em cada canto da sala diferentes tipos de estímulos, como: lápis e papel, jogos de montagem e encaixe, objetos que desenvolvam o jogo simbólico e livros infantis. No início, as crianças geralmente optam pelos jogos, ficando, como últimas opções de exploração, os cantos com livros e os com lápis e papel. No decorrer do semestre, estes cantos passam a despertar mais o interesse das crianças, que ao explorá-los, localizam letras de seu nome e dos colegas nos livros e contam as histórias aos colegas.
Relatos de Final de Semana
Usa-se caderneta de comunicação diária com os pais, onde geralmente são registrados pelas mães, entre outras coisas, o final de semana. É pedido às mães que escrevam o relato junto com a criança. Assim, na segunda-feira, após a atividade de calendário, o professor e as crianças sentam no chão em roda, e elas contam como foi o fim de semana. Muitas vezes as crianças não conseguem contar o que fizeram, principalmente no início do trabalho. Quando isto acontece, o professor lê junto com elas o que a mãe escreveu. Depois que todos fizeram seu relato, sentam nas cadeiras e cada criança conta o que foi mais significativo para ela. O professor elabora uma frase com a produção oral ou sinalizada da criança e a escreve na parte inferior da folha; lê o que escreveu e entrega para a criança desenhar. Passado algum tempo de trabalho o professor, após escrever nas folhas as produções das crianças, sempre em forma de frases ou de pequenos relatos, mostra as folhas para as crianças e todos juntos fazem a leitura de todas as produções. Em seguida entrega-as para seus autores. A entrega se dá da seguinte forma: o professor lê uma das folhas, sem falar o nome da criança, ex: "Foi ao cinema com a mamãe e o papai". Então todos tentam adivinhar quem é o autor daquele relato. A seguir as crianças fazem o relato partindo do desenho, na folha escrita. Nos outros dias da semana, após o calendário, é feita a leitura do conteúdo de cada caderneta para a classe. A seguir os bilhetes são respondidos por escrito pelo professor, sendo a resposta lida a seguir para as crianças. Outra possibilidade é enviar para a casa das crianças folhas onde estão escritos os dias correspondentes ao final da semana (sábado e domingo) para que seja feito, juntamente com a família, o registro das atividades realizadas pela criança. Este registro pode ser feito usando-se desenhos, colagem de ingressos, figuras correspondentes a filmes assistidos, e mais tarde pela escrita.
É servindo-se desses pequenos relatos de finais de semana que as crianças começam a identificar e "ler" suas frases e as dos seus amigos. Elas iniciam a "leitura" de todos os elementos das frases (artigos, verbos, preposições etc ...) oralmente ou usando sinais. A partir daí, o contexto escrito começa a ser ampliado para textos de três ou quatro frases até chegar a textos mais longos e complexos.
Registros
Além do registro do relato de final de semana, trabalha-se também o registro de atividades e passeios. O professor trabalha com as crianças onde, como e quando vão, quem vai etc. Manda o bilhete para a mãe, comunicando o evento, sendo que a criança já sabe o conteúdo do bilhete. Na volta do passeio é realizada a dramatização e o registro do que aconteceu: “onde foram”, “quem foi”, “como foi”, “o que viram” etc. O registro se dá da mesma forma que os relatos de final de semana. Posteriormente, o registro passa a ser feito de duas formas: pelo professor com o grupo classe ou pelas crianças, que podem usar fotos como apoio para a sua produção. Outra possibilidade é, após a produção de um texto pelo grupo, pedir às crianças que relacionem as partes do texto às fotos correspondentes.
Receitas
O trabalho com receitas inicia-se muito antes da receita em si. Citam-se aqui os passos para o trabalho com a receita "Salada de Frutas", que serão basicamente os mesmos seguidos para outras receitas. Muitas vezes as frutas estão presentes no lanche e começam a despertar a curiosidade das crianças. Elas percebem as igualdades, as diferenças, características próprias, etc. Assim são trazidas frutas de plástico que são exploradas, agrupadas pelas crianças com a ajuda do professor. Além de nomear, pode-se também fazer jogo de adivinhação. Por ex: "é uma fruta amarela que o macaco gosta muito de comer". Monta-se uma feirinha onde o professor assume o papel de vendedor e as crianças de compradores, posteriormente invertem-se os papéis. Sugere-se às crianças que cada uma escolha uma fruta que deverá ser trazida para a escola no dia seguinte. Cada uma desenha a fruta escolhida, que será o bilhete para a mamãe, complementado pela escrita do professor, produzida junto com a criança. No dia seguinte a salada de frutas é feita.
Cada etapa da “receita” vai sendo registrada através de fotos e/ou desenhos. Nesse registro consta desde o que cada um trouxe, passando pelo lavar, descascar, cortar, experimentar a fruta, até chegar à finalização da salada de frutas. A receita é escrita junto com as crianças para a identificação das palavras. Em seguida, monta-se um pequeno livro, ilustrado com todas as etapas do processo que foram sendo registradas durante a execução. Cada um terá a sua cópia.
Nas classes da Pré-Escola, a leitura das receitas é realizada primeiro em grupo e depois individualmente, pedindo para que elas identifiquem, na receita, a seqüência dos ingredientes .
Em outro momento cada criança recebe uma folha com a cópia da receita, em que tentará fazer uma “leitura”.
Atrelado a todo este trabalho, existe o momento do registro individual, feito em desenhos e alguma produção escrita que a criança deseje. Pode-se notar que esta escrita normalmente se fixa nos nomes dos ingredientes .
Supermercado
Solicita-se à família que mande para a escola embalagens de materiais com os quais os filhos tenham mais familiaridade, ou seja, que ela use, veja o uso, saiba para que serve, como materiais de limpeza: caixas de sabão, detergente, cera etc; materiais de higiene: embalagens de sabonete, pasta de dente, escova de dente, shampoo, desodorante, perfume, etc.; alimentos: latas de achocolatado , leite, aveia, recipiente de danone, yakult, farinhas, gelatinas, etc.; remédios, etc.
Quando o material chega, o professor explora, com as crianças, o nome, para que serve, onde se compra, entre outras coisas. Geralmente a maioria conhece e ajuda a explicar o que é, para que serve, etc. Depois do material todo explorado e reconhecido, todos ajudam a arrumar o supermercado, separando as sessões. No supermercado, alguns alunos são os “compradores”, outros os “caixas” e “empacotadores” para dar inicio a uma dramatização, em que os papéis são rodiziados. Os compradores levam as compras "para casa", dramatizam o uso do produto e tornam a guardá-los, classificando-os pelo uso. Nestes momentos as crianças são incentivadas a localizar no rótulo da embalagem os nomes dos produtos e, muitas vezes, espontaneamente, localizam também as letras de seu nome e dos colegas.
Depois de bastante explorados, os materiais são utilizados nas atividades de "artes", criando carrinhos de caixas de sabão, aviões da pastas de dente, etc.
Música
O trabalho com músicas infantis traz muito prazer para as crianças. Elas gostam muito de “cantá-las”, utilizando a “fala” e os “sinais”. Depois de dramatizadas e muito cantadas, as músicas são escritas na lousa ou em folhas de cartolina.
Nessas exposições as crianças, muitas vezes, reconhecem e identificam as letras de seu nome e dos colegas, bem como algumas palavras que se repetem.
Nas classes de pré, provavelmente por "cantarem" várias vezes, acompanhando a escrita da música, as crianças memorizam as músicas com maior facilidade . Assim, na escrita individual da música que está sendo trabalhada, observa-se uma melhor organização frasal e uma maior aproximação da escrita a sua forma convencional sem a assistência do adulto. Além disso, nota-se que, neste tipo de escrita, os alunos mantêm uma escrita para determinada palavra, repetindo-a da mesma forma escrita anteriormente. Exemplo:
PIULO DE BAE BAE
(pirulito que bate bate)
PIULO DE JANA BAU
( pirulito que já bateu)
QE GOIA DE IE È ELA
(quem gosta de mim é ela)
QE GOIA ELA SOU EU
(quem gosta dela sou eu) (G. - 7;0)
Em relação ao desenvolvimento da escrita pelas crianças na primeira fase da pré-escola (4 anos), nota-se, no decorrer do trabalho, que, geralmente no segundo semestre, elas já são capazes de, além de identificar e reconhecer os nomes de todos da classe, identificam também as letras de seu nome e dos colegas em outros materiais escritos, como livros, revistas, jornais, embalagens, letras de músicas, receitas etc. Começam a ensaiar uma escrita do nome em suas produções, no início em forma de garatujas, diferentes daquelas usadas para desenhar, como minhoquinhas, pontinhos, bolinhas. É possível perceber que no início algumas crianças “escrevem” em suas produções o seu nome ao lado da figura que fazem de si mesmos, usando, muitas vezes, a mesma cor que escolherão para nomear seus pertences.
Nessa mesma época, a maioria já usa pseudo-letras que vão se intensificando e dão lugar, então, às primeiras letras. De modo geral, usam a letra inicial de seu nome e a repetem para “completar” a escrita do mesmo. Posteriormente, vão acrescentando letras, até chegar à escrita de todas, ou quase todas as letras de seu nome, o que acontece mais no final do ano. Na segunda fase da pré-escola (5 anos), as crianças já conseguem escrever espontaneamente seu próprio nome e identificam os nomes dos colegas e da professora.
É interessante observar que, através desta exposição constante à escrita, as crianças, quando chegam à terceira fase da Pré-Escola (6 anos), estão mais interessadas em saber o que está escrito em um determinado material ou como se escreve uma determinada palavra. Fazem tentativas de escrever várias palavras, utilizando primeiramente as letras dos seus próprios nomes para nomear os objetos e não aceitam pseudo letras como resultado. Os alunos que ainda se encontram nesta fase são estimulados pelos próprios colegas, usando modelos, a tentarem escrever com as letras do alfabeto (de forma).
Os alunos são capazes de identificar nomes de objetos que aparecem com mais freqüência nas histórias ou exercícios propostos. Quando se trabalha com a escrita, por meio da leitura orofacial ou da memorização das palavras (como no jogo da memória), conseguem encontrar os pares.
Depois de, em média, dois anos de trabalho com a escrita, já começam a produzir pequenos relatos, como se pode observar no exemplo:
A MAMAGMA $ORO AO PAO E AFO
(a mamãe comprou copo prato e garfo ) (F. - 5;0)
No exemplo, a criança transpõe para a escrita informações já incorporadas, como o nome de sua mãe (Magna) e o símbolo do $, que ela usa antes da palavra comprou. A exploração do contexto visual é uma característica na escrita de crianças surdas, como aponta Cruz (op. cit.).
Além do trabalho com diferentes materiais escritos, como receitas, músicas, histórias infantis, gibis, etc., são acrescentadas a produção de escrita pelas crianças e a leitura.
Trabalho com Textos
Na terceira fase da pré-escola é dada muita ênfase à elaboração de textos, visando, principalmente, um contato mais estreito da criança com a escrita dentro de um contexto significativo. Inicialmente são produzidos pequenos textos de três ou quatro frases, escritas pelo professor, com base no relato da criança sobre fatos por ela presenciados, passeios, finais de semana, por exemplo. Aos poucos a quantidade de informação escrita vai sendo ampliada de acordo com o interesse e o desenvolvimento do grupo.
São feitos vários tipos de textos, como relatos, histórias criadas pelas próprias crianças ou de livros, receitas diversas, músicas, pesquisas, etc.
Os relatos baseiam-se em fatos ocorridos com as próprias crianças (por exemplo: relato de férias, finais de semana etc...) ou passeios feitos pelo grupo. Utilizando perguntas, a professora vai montando as estruturas frasais, escrevendo na lousa, e organizando tudo em forma de texto.
Esta escrita espontânea pode ser feita de duas formas :
- o professor organiza a idéia da criança em uma estrutura frasal e dá o modelo articulatório valendo-se de todas as pistas (auditiva , visual , tátil - cinestésica , gestual e alfabeto datilológico) para que a criança escreva, por exemplo:
EU FOINA FAIA DA VOVO
(Eu fui na fazenda da vovó)
EU FOINA IEA CO MO PAI
(Eu fui na piscina com meu pai) (K. - 6;0)
- a criança escreve livremente sem nenhuma interferência do adulto. Desta forma aparece mais claramente a transferência para o papel daquilo que lhe é mais significativo e as palavras com as quais mais intimamente se identificam. Exemplo:
O MERIE VAI FAIE CÉA CAHEUO MERIE
( O menino vai olha céu começou chuva menino) ( K. - 6;0)
Como se pode observar nos exemplos, com a ajuda do adulto dando várias pistas, percebemos que a produção das crianças revelam maior conhecimento da escrita e da estrutura da língua. Já na escrita elaborada individualmente, sem qualquer ajuda, percebemos um grau maior de dificuldade.
Quando as atividades são vivenciadas pelo grupo, o momento do relato é mais rico, pois cada criança contribui com informações e impressões pessoais. Em situações vivenciadas fora do ambiente escolar os relatos individuais são mais simples, sendo que o aluno necessita da interferência do adulto para torná-los mais ricos . Com o grupo que está na ultima fase da pré-escola (6 anos) o relato adquire maior riqueza de detalhes e com seqüência de fatos. No entanto, para transpor esses relatos para a escrita, ainda necessitam da ajuda direta do adulto para organizar a estrutura frasal.
Observa-se que, registrando o que a criança vivenciou e respeitando seu interesse, os textos carregam um maior significado para seus autores. Dessa forma, são fáceis de serem entendidos, possibilitando a ocorrência de uma " leitura" antecipada. As crianças começam a transferir o uso de palavras para outros contextos . Esse trabalho estimula a criança a fazer sua própria leitura, fazendo com que elas se sintam mais capazes.
Leitura
Na leitura, todas as palavras podem ser sinalizadas e podem também ser utilizados o alfabeto digital para artigos, nomes próprios, e para algumas preposições e advérbios . Algumas preposições têm seus próprios sinais (para , com, etc ...) e são reconhecidas pelas crianças na escrita (facilitando a sua utilização na fala). Nota-se que com isso elas apresentam maior facilidade para reconhecer frases e palavras isoladas do texto.
Um fato bastante comum no desenvolvimento da "leitura" é uma sensível melhora na articulação das palavras mesmo pelas crianças com dificuldades. Elas parecem prestar mais atenção na sua articulação e na do outro, o que resulta numa fala mais inteligível. O uso da leitura orofacial como pista na busca da relação fonema-grafema também foi observado por Cruz (op. cit.). Ainda segundo Cruz, à medida que confrontam suas escritas com as informações que o meio lhes proporciona, as crianças buscam uma adequação maior na relação escrita/sonoridade. Quando se nota tal preocupação nos alunos, procura-se fazer com que busquem a forma convencional dos vocábulos, como ilustra o exemplo abaixo.
O professor pergunta à classe:
- Como eu posso escrever a palavra " bola" ?
Se as crianças responderem com a letra "O", tenta-se fazê-las pensar sobre o que vem junto com a letra "O", e juntos conseguimos chegar à escrita convencional, dando a pista auditiva, da leitura orofacial e do alfabeto digital.
Este tipo de intervenção acarreta um envolvimento muito grande dos alunos, tornando-os mais atentos à relação fala x escrita, estimulando-os na busca da escrita convencional.
Nota-se também que nesse momento existe uma troca muito grande entre as crianças: aquela que percebe mais a relação fala x escrita acaba dando a pista para os colegas, fazendo com que as que não estão no mesmo nível sejam beneficiadas.
Embora a alfabetização formal se dê somente no Ensino Fundamental (primeiro grau), o trabalho tem início desde a primeira etapa da pré-escola com o objetivo de expor as crianças a uma escrita diversificada, envolvendo diferentes tipos de textos.
Procura-se usar estes textos nas mais variadas situações escolares e sociais, propiciando uma visão mais ampla da escrita: ela não se restringe somente ao ambiente escolar, passando a ter um significado mais amplo e dinâmico. A criança tem oportunidades de vivenciar o uso da escrita em diferentes contextos, percebendo sua utilização e significado para a vida.
Esta maneira de ver a alfabetização, em que a criança pode escrever de forma criativa e espontânea, reflete uma crença na necessidade da escola e do professor assumirem uma nova postura em relação a todo o processo.
Embora não seja objetivo que os alunos saiam alfabetizados da pré-escola, observa-se que muitos já começam a produzir seus primeiros textos, ainda que com a ajuda do professor, contribuindo para que a criança surda seja vista como escritor e leitor capaz de entender e se expressar.
Luzia Joelma
Sugestão de inglês
Língua Estrangeira
Estrangeirismos no dia-a-dia
Conteúdo
Produção de textos
Objetivos
Identificar o uso de expressões estrangeiras usadas no cotidiano. Conscientizar os alunos do que eles já sabem
Conteúdos
Estrangeirismos
Caso genitivo (genitive case ou -s)
Ano
6º ano
Tempo estimado
Cinco aulas
Material necessário
Cartolina e pincéis atômicos
Conteúdo relacionado
Reportagem
• Impulso idiomático
Desenvolvimento
1ª Etapa Verifique as expressões que os alunos conhecem em inglês. Pergunte se eles vão ao shopping. O que significa essa palavra? E, no computador, que palavras surgem? Peça que os alunos façam uma lista de estrangeirismos do dia-a-dia. Escreva no quadro os termos e pronuncie-os com a classe.
2ª Etapa Hora de classificar as palavras escolhidas. Apresente à turma um painel de cartolina com as seguintes divisões: technology, food, stores, others (tecnologia, comida, lojas, outros). Explique o significado das categorias sem traduzi-las: use gestos e exemplos simples, como hambuguer is food. Divida a turma em grupos e proponha que cada um organize as expressões relativas a uma categoria. Entregue tiras de cartolina em branco e peça que escrevam nelas as palavras selecionadas. Os alunos devem colá-las no painel embaixo da coluna correta.
3ª Etapa Entre as palavras sugeridas, escolha algumas terminadas em -s: Habibs, Bobs, McDonalds... Pergunte o que os três nomes têm em comum. Leve-os a perceber o uso do -s (o caso genitivo) e explique que a terminação indica posse ou seja, que a lanchonete pertence ao Habib, ao Bob ou ao McDonald. Peça à classe que cite lojas locais que levam o nome do dono: Toninho Bar, Pizzaria Fabrício... Como ficariam se seguissem a regra dos nomes de estabelecimentos em inglês? Transforme alguns exemplos com os alunos (Toninhos, Fabrícios) e deixe-os exercitar com outros.
4ª Etapa Para finalizar, sugira que os alunos criem um estabelecimento, desenhem um logotipo (símbolo que o identifica) e dêem a ele seus nomes usando o caso genitivo.
Avaliação
Registre a evolução de cada aluno, obervando a participação na pesquisa das palavras, na montagem do painel e na pronúncia. Confira se
Estrangeirismos no dia-a-dia
Conteúdo
Produção de textos
Objetivos
Identificar o uso de expressões estrangeiras usadas no cotidiano. Conscientizar os alunos do que eles já sabem
Conteúdos
Estrangeirismos
Caso genitivo (genitive case ou -s)
Ano
6º ano
Tempo estimado
Cinco aulas
Material necessário
Cartolina e pincéis atômicos
Conteúdo relacionado
Reportagem
• Impulso idiomático
Desenvolvimento
1ª Etapa Verifique as expressões que os alunos conhecem em inglês. Pergunte se eles vão ao shopping. O que significa essa palavra? E, no computador, que palavras surgem? Peça que os alunos façam uma lista de estrangeirismos do dia-a-dia. Escreva no quadro os termos e pronuncie-os com a classe.
2ª Etapa Hora de classificar as palavras escolhidas. Apresente à turma um painel de cartolina com as seguintes divisões: technology, food, stores, others (tecnologia, comida, lojas, outros). Explique o significado das categorias sem traduzi-las: use gestos e exemplos simples, como hambuguer is food. Divida a turma em grupos e proponha que cada um organize as expressões relativas a uma categoria. Entregue tiras de cartolina em branco e peça que escrevam nelas as palavras selecionadas. Os alunos devem colá-las no painel embaixo da coluna correta.
3ª Etapa Entre as palavras sugeridas, escolha algumas terminadas em -s: Habibs, Bobs, McDonalds... Pergunte o que os três nomes têm em comum. Leve-os a perceber o uso do -s (o caso genitivo) e explique que a terminação indica posse ou seja, que a lanchonete pertence ao Habib, ao Bob ou ao McDonald. Peça à classe que cite lojas locais que levam o nome do dono: Toninho Bar, Pizzaria Fabrício... Como ficariam se seguissem a regra dos nomes de estabelecimentos em inglês? Transforme alguns exemplos com os alunos (Toninhos, Fabrícios) e deixe-os exercitar com outros.
4ª Etapa Para finalizar, sugira que os alunos criem um estabelecimento, desenhem um logotipo (símbolo que o identifica) e dêem a ele seus nomes usando o caso genitivo.
Avaliação
Registre a evolução de cada aluno, obervando a participação na pesquisa das palavras, na montagem do painel e na pronúncia. Confira se
sugestões de atividades
SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS
Sugestões de exercícios para ajudar as crianças a perceberem
as relações entre letras e sons:
1)Ajude as crianças a reconhecerem diferenças de uma única letra que criam diferenças de som e de sentido:
lobo-bobo medo-dedo tiro-tipo coco-coca
faca-vaca menino-menina pato-pata
mel-fel pata-lata mata-mapa
2)Mostrar palavras que se escrevem e se lêem do mesmo modo mas têm sentidos diferentes, dependendo da frase em que se encontram: manga, casa, pé, etc.
3)Apresente as palavras próximas umas embaixo das outras e destaque as partes iguais:
chapeuzinho netinho mata bobo chá
charuto cestinho mala cabo fechado
chata ninho cama lobo fechadura
uma bucha
4)Ensine as crianças a recitar ou a cantar versinhos ou quadrinhas, falando mais alto as palavras que rimam, podem bater palmas quando elas aparecerem.
5)Organizar listas, cartazes ou livrinhos de palavras com a mesma letra ou sílaba inicial.
6)Aproveite situações do dia-a-dia da criança e sugira à ela que crie seus próprios textos músicas, histórias, notícias etc, que sejam de seu interesse.
7)Proponha que descubram uma palavra "escondida" ou contida dentro da outra.
Exemplos:
Qual é a palavra que está "escondida" em todas as palavras abaixo?
barba - acabar - barbado
Resposta: BAR
E nestas outras?
mar - martelo - marmelo - amar - remar - somar - Marcelo
Resposta: MAR
As crianças estarão lendo quando forem capazes de perceber como as letras funcionam para representar os sons da língua e ao mesmo tempo possam entender o que estão lendo.
Lembro que o processo de Alfabetização, deve caminhar de maneira natural, significativo e gradativamente na direção do conhecimento de palavras, sílabas, letras e regras ortográficas.
A leitura inicial deverá ser interessante e prazerosa, para que não ocorra o risco de as crianças acharem que a leitura não serve para nada.
Toda criança deve entender que a leitura e a escrita têm uma função social.
Sugestões de exercícios para ajudar as crianças a perceberem
as relações entre letras e sons:
1)Ajude as crianças a reconhecerem diferenças de uma única letra que criam diferenças de som e de sentido:
lobo-bobo medo-dedo tiro-tipo coco-coca
faca-vaca menino-menina pato-pata
mel-fel pata-lata mata-mapa
2)Mostrar palavras que se escrevem e se lêem do mesmo modo mas têm sentidos diferentes, dependendo da frase em que se encontram: manga, casa, pé, etc.
3)Apresente as palavras próximas umas embaixo das outras e destaque as partes iguais:
chapeuzinho netinho mata bobo chá
charuto cestinho mala cabo fechado
chata ninho cama lobo fechadura
uma bucha
4)Ensine as crianças a recitar ou a cantar versinhos ou quadrinhas, falando mais alto as palavras que rimam, podem bater palmas quando elas aparecerem.
5)Organizar listas, cartazes ou livrinhos de palavras com a mesma letra ou sílaba inicial.
6)Aproveite situações do dia-a-dia da criança e sugira à ela que crie seus próprios textos músicas, histórias, notícias etc, que sejam de seu interesse.
7)Proponha que descubram uma palavra "escondida" ou contida dentro da outra.
Exemplos:
Qual é a palavra que está "escondida" em todas as palavras abaixo?
barba - acabar - barbado
Resposta: BAR
E nestas outras?
mar - martelo - marmelo - amar - remar - somar - Marcelo
Resposta: MAR
As crianças estarão lendo quando forem capazes de perceber como as letras funcionam para representar os sons da língua e ao mesmo tempo possam entender o que estão lendo.
Lembro que o processo de Alfabetização, deve caminhar de maneira natural, significativo e gradativamente na direção do conhecimento de palavras, sílabas, letras e regras ortográficas.
A leitura inicial deverá ser interessante e prazerosa, para que não ocorra o risco de as crianças acharem que a leitura não serve para nada.
Toda criança deve entender que a leitura e a escrita têm uma função social.
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